sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

O Projecto de Educação para a Saúde (PES) da ESAG

O Projecto de Educação para a Saúde (PES) da nossa Escola, já no seu segundo ano de existência, continua a pretender estimular o equilíbrio e bem estar na relação com o próprio corpo, muito importante sobretudo na faixa etária dos jovens adolescentes das nossas Escolas, promovendo em simultâneo a educação alimentar, a actividade física regular e fomentando os hábitos de vida mais saudáveis como atitude preventiva face à doença e promotora do bem-estar e da saúde. Mantemos como essencial a promoção da saúde sexual e reprodutiva, informando / formando, particularmente os jovens alunos, para que possam vivenciar uma sexualidade positiva, plena e responsável, prevenindo os comportamentos de risco, de modo que as situações de gravidez não desejada e de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) possam ser efectivamente minimizadas. Do mesmo modo, colaboramos no esclarecimento e na prevenção de outros comportamentos de risco, no que se refere ao consumo de substâncias como o tabaco, o álcool e outras substâncias psicoactivas (lícitas ou ilícitas). Finalmente, procuramos ainda contribuir para o desenvolvimento das competências individuais, ao nível da tomada de decisões e da recusa de comportamentos não desejados ou que violem a dignidade e os direitos da pessoa humana.
Assim, durante o primeiro período, dinamizámos alguns dias temáticos:
1. Em 16 de Outubro – o dia mundial da alimentação –, com um conjunto de iniciativas: apresentação de um powerpoint ao longo do dia no bar e de um cartaz informativo com a roda dos alimentos ilustrada com produtos naturais no refeitório; disponibilização de ementas e alimentos mais saudáveis ao longo da semana no refeitório e bar; pequenos jogos e concursos e a medição do IMC ao longo do dia na sala de exposições; realização de um convívio ajantarado constituído essencialmente por sopa e saladas para o qual foram convidados os encarregados de educação e professores das turmas de 7º Ano.
2. Em 17 de Novembro – comemoração do dia mundial do não fumador – com a apresentação de um powerpoint temático ao longo do dia no bar – expondo os múltiplos malefícios do consumo do tabaco – e a projecção, no anfiteatro da escola, ao longo da semana, de pequenos filmes didácticos alusivos ao tema seguidos de um curto debate, para todas as turmas dos 8º e 10º anos. Durante a semana, também esteve exposta no centro do polivalente uma “instalação” – em forma de cigarros amachucados e enquadrada por um slogan –, resultado de um trabalhado precioso de criatividade e empenhada colaboração, da responsabilidade do professor António Pinto e da sua turma do 10º A.
3. Em 4 de Dezembro – comemoração do dia mundial da luta contra a SIDA (1 de Dezembro, feriado nacional) – com um conjunto de iniciativas: apresentação de um powerpoint temático ao longo do dia no bar; exposição de cartazes informativos, de alerta e sensibilização, dependurados no átrio do polivalente, alusivos ao tema, sendo um deles uma “História de Vida” que se reproduz em anexo no final desta notícia; realização de um concurso de perguntas sobre o VIH/SIDA ao longo do dia no polivalente; efectivação de duas largadas simbólicas de balões no campo de jogos exterior da escola; dinamização, a partir do dia 1 de Dezembro, de uma corrente de SMS de alerta e prevenção relativamente a esta problemática.
Ao longo do ano, dinamizaremos mais alguns dias/semanas temáticos:
4. Em Fevereiro – nas comemorações do dia de Almeida Garrett (realização de um peddy-paper);
5. Em 14 de Fevereiro – dia dos namorados;
6. De 20 a 24 de Abril – Semana da Saúde.
O PES dinamiza ainda um blog intitulado “Pela Tua Rica Saúde”, potenciador dos objectivos do Projecto, que podes consultar / participar em “www.saudesag. blogspot.com”.
Salientamos finalmente, entre outras actividades calendarizadas, que, ao longo do mês de Janeiro, a equipa estará também especialmente implicada na dinamização de um conjunto de sessões de educação sexual destinadas aos alunos de 10º ano (em princípio, uma por turma), de acordo com o seguinte calendário:

Ainda dinamizaremos durante o segundo período um outro conjunto de sessões sobre esta mesma temática, adaptadas para as turmas de 8º Ano.
Aproveitamos esta oportunidade para informar toda a comunidade escolar que o Projecto vai ainda arrancar, já no início do segundo período, com um Gabinete de Apoio ao Aluno no âmbito da promoção da saúde, que funcionará na nossa Escola – no espaço que o PES utiliza e num horário semanal que será brevemente divulgado –, com a colaboração de Técnicos – Alunos Estagiários do último ano do Curso de Enfermagem e respectivos Professores responsáveis pelo seu estágio – da Escola Superior de Enfermagem da Universidade Católica.

A toda a comunidade escolar, a equipa do PES deseja umas Boas Festas e umas óptimas Férias (ou Interrupção Lectiva) de Natal. Boas entradas para 2009, que a crise global nos poupe e, acima de tudo, HAJA SAÚDE, cumprindo nós a nossa parte neste louvável desejo.



“HISTÓRIA DE VIDA” EM ANEXO:
Era Verão e as férias tinham começado há uma semana. Este ano ia ser diferente. Tinha feito 17 anos há poucos dias e finalmente ia poder sair à noite com os meus amigos.
O Paulo era mesmo muito giro… tinha 19 anos, olhos verdes… Sei lá porquê, foi a mim que escolheu e eu ia morrendo derretida quando ele me perguntou ao ouvido: “ Queres namorar comigo”?...
Não era só uma paixão de Verão…
Ao fim de 4 meses de namoro já tínhamos avançado tanto que resolvi tomar a pílula. Claro que sabíamos que não podíamos ter um bebé! …

Comecei a sentir-me estranha: tinha náuseas, um pouco de febre, estava sempre indisposta…. O Paulo telefonou. Tínhamos que falar, ele tinha feito as pazes com a ex-namorada…. O Verão acabou, definitivamente. E não houve Outono. A transição foi de 40 graus à sombra aí para uns dez negativos…

Pensava que todo este desconforto físico que sentia tinha a ver com a devastação emocional provocada pela perda. As minhas amigas diziam-me que já não se morre de amor. Não é verdade. Tenho 32 anos e estou a morrer. De SIDA ou de amor, agora já tanto faz…

Material fornecido por: Prof. Fernando Rebelo

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Deverão existir Exames Nacionais?

Uma das grandes preocupações e reivindicações crescentes entre estudantes que frequentam o ensino secundário é a existência dos Exames Nacionais a que são submetidos para ingresso no Ensino Superior.
Com efeito, aqueles que defendem a abolição dos exames, afirmam que a sua presença é prejudicial: este descontentamento deve-se ao facto da estrutura destes se afastar dos conteúdos leccionados ao longo do ano. Ainda nesta linha de pensamento os opositores à sua existência reiteram que os exames são os principais responsáveis pelo afastamento dos jovens adultos da entrada numa faculdade.
Refutando esta opinião, surge o grupo daqueles que apoiam a avaliação dos alunos a uma disciplina segundo um exame final. E de certa forma podemos considerar a presença destes exames legítima e válida. Em primeiro lugar, devido à sua existência, há um aumento dos níveis de exigência e de responsabilidade de cada aluno ao longo dos 3 anos do ensino secundário, mitigando o facilitismo que a sua ausência proporcionaria. Além disso, os exames possibilitam uma restrição adequada e constituem um dos poucos meios de selecção para candidatura às Universidades.
Por último, é do conhecimento que a erradicação dos Exames Nacionais, conduziria à criação de critérios de selecção excessivamente exigentes por parte das Universidades, nomeadamente a implementação de um sistema similar ao praticado nos EUA.
Em suma, as vantagens que os exames conferem à população estudantil são visivelmente mais significativas que as desvantagens que este modelo apresenta, pelo que estes são agentes reguladores que proporcionam o desenvolvimento de inúmeras competências e aptidões necessárias ao futuro dos jovens cidadãos em formação.

Ana Gabriel Torres nº2
Mariana Calheno nº14

11ºC

O Porto… barrocamente falando

6 de Novembro de 2008…

Uns tímidos chuviscos decidiram acompanhar-nos numa viagem no tempo. Tínhamos já encontro marcado com o Porto Barroco e não podíamos faltar. O plano para aquela manhã sonolenta estava delineado: visitaríamos primeiramente a Igreja de Santa Clara e posteriormente a de São Francisco. Embalados pelo Metro lá fomos nós, seguindo e repetindo ordeiramente os passos da professora. Uma breve introdução deixava adivinhar uma veia de guia turística na professora, ou seria apenas uma paixão latente por aquele período da História? Diante de nós, imponente e autoritária, uma porta barroca fazia finca-pé à entrada do convento que nos recebia. Estava bem acompanhada esta Sra. Porta, duas colunas salomónicas também não arredavam pé como que em jeito de recepção ao Convento de Santa Clara, siamês da igreja homónima. Transpusemos a porta e as nossas pupilas dilataram-se subitamente. A escuridão assente não apagava nem um pouquinho o esplendor da mina de ouro que acabáramos de descobrir. Demos entrada num espaço cénico onde, em tempos, foram encenados grandes dramas e despertadas as mais fortes emoções. Era diferente de tudo o que jamais tínhamos visto. Uma conjugação perfeita de todos os elementos e o perfeccionismo no mais ínfimo detalhe dos retábulos em talha de ouro. Ao fundo, no altar-mor, o painel de Joaquim Rafael onde Santa Clara erguia a custódia, convidava a uma aproximação e o nosso espanto crescia à medida que a distância entre nós e as paredes da Igreja
Por entre conversas e desconversas lá descemos a Rua das Flores passando por antigas ourivesarias e não mais novos aposentos de abastadas famílias portuenses. Em frente ao Palácio da Bolsa cumprimentámos o calado Infante D. Henrique que se cobria de bronze como protecção contra o frio.
A Igreja de São Francisco esperava-nos, estendendo a sua escadaria até ao rio e nós entrámos obedientes, seguindo a guia que agora se nos juntava. Tínhamos agora à nossa frente uma Igreja maior, com três naves onde se notava uma sincronização perfeita entre as diferentes fases do Barroco, o português, o joanino e o manuelino, ali presentes. Atentámos na história da Árvore de Jessé enquanto um cântico gregoriano criava ambiente como um vapor que empestava o salão. O deslumbramento aumentava à medida que ouvíamos mais sobre cada pormenor da Igreja. E pensar que já serviu de estábulo!
Seguidamente visitámos as catacumbas onde, curiosos, procurámos por algum defunto que desse pelo mesmo nome que nós. Ainda tivemos oportunidade de admirar o espólio mais valioso da Igreja e levar na memória e nas câmaras fotográficas o retrato de uma manhã bem passada.
Restou a promessa de uma posterior visita e assim voltávamos a 2008, ainda deslumbrados com a explosão de talha dourada e pela grandiosidade e imponência dos locais religiosos que tão bem nos receberam.

Inês Correia Gonçalves nº 12 11ºE

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

terça-feira, 9 de dezembro de 2008