segunda-feira, 7 de novembro de 2011

“Reflexão do Poeta” em “Os Lusíadas” (Canto I).Breve Análise

Para Camões, o povo lusitano, heroi da sua grande epopeia “Os Lusíadas”, sempre demonstrou coragem, tanta coragem que superava todos os obstáculos e desafios que surgiam no seu percurso, levando o Poeta a referir que seriam capazes de ir além do que “prometia a força humana”. Mas não só de coragem eram os portugueses dotados e Camões sabia-o...

Nas suas reflexões, no final do Canto I, mostra que nem tudo é um “mar de rosas” para as naus portuguesas. Depois da várias traições feitas por 'amigos', os portugueses sentiam- se algo transtornados e desorientados por não saberem em quem confiar e onde aportar em segurança. Daí que o Poeta refira que o Homem é um “bicho da terra tão pequeno”, tão frágil e com vida tão éfemera.

Será que o Homem é insignificante? E uma nação? Talvez. E uma nação unida, corajosa e que segue os seus sonhos, ainda o é? O Poeta coloca lado a lado a fragilidade humana e a sua valentia e vê que, por vezes, a grandeza não é algo visível ou palpável, representando-se pela esperança que cada um de nós, portugueses, tivermos, atribuindo-nos a transcendência para algo superior, para sermos herois. Herois que venceram as forças da Natureza, os mares furiosos, os ventos velozes e as tempestades arrasadoras, além de guerras e enganos de inimigos. Conseguiram superar os limites da sua condição humana.

Assim, nestas estrofes, o poeta refere a grandeza que torna os Homens inferiores, mas diz também que a vida humana, curta e finita, faz dos Portugueses um povo lutador e obstinado. Estes sabem que a viagem estava no ínicio e que todo o caminho pela frente seria difícil, mas, mesmo assim, isso não os assustava, pelo contrário, dava-lhes forças para avançar.


Cláudia Sofia Neves, 12ºC, Nº9