Brincar,
com o que somos,
e não com o que fomos.
Chorar,
de pura alegria,
e olhar para a criança que sorria.
Calar,
o que queremos,
ou o que devemos.
Cantar,
com a emoção,
contida no coração.
Gritar,
por motivo de dor,
ou pelo prazer de um amor.
Amar,
não quem nos chama,
mas sim quem nos ama.
Respeitar,
quem te desafia,
por uma filosofia de dia.
Brilhar,
com um olhar,
na realidade ou a sonhar.
Rute Sousa 12ºC
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Visita de estudo à Quinta da Regaleira (28 de Outubro de 2009)

• A Quinta da Regaleira encontra-se situada no centro histórico de Sintra e está classificada como Património Mundial da UNESCO.
• O início da sua construção deu-se no século XX e partiu de um projecto pensado ao pormenor, onde foi implementado um famoso conjunto de criações artísticas que transmitem uma mensagem implícita nas suas construções e na exuberância da sua arquitectura.
• Para além do património edificado, a Quinta da Regaleira contém uma componente paisagística e natural extremamente apelativa graças à sua moldura de verde impressionante composta pelos seus jardins e bosques.
• No seu património vasto e bastante rico encontramos o imponente e enigmático poço iniciático, grutas subterrâneas e vários lagos.
• A riqueza e a mistura de estilos prevalecem nas construções, permitindo ao visitante ter contacto directo com a arquitectura de estilo Neo-Manuelino e traços Neo-Góticos.
• As correntes estéticas e filosóficas encontram-se patentes e evidenciam o espírito dos seus construtores e proprietário, Carvalho Monteiro (o milionário), que compraram a Quinta à Baronesa da Regaleira.
• António Augusto Carvalho Monteiro nasceu no Rio de Janeiro em 1848, filho de pais portugueses que cedo o trouxeram para Portugal. Herdeiro de uma grande fortuna familiar gerada no Brasil pelo comércio dos cafés e diamantes. Desta forma gastou avultadas somas a dar forma à sua fantasia.
• Alguns dos interesses de Carvalho Monteiro baseavam-se na sua paixão pelos livros, pelos instrumentos musicais, pelo estudo das borboletas e pelas conchas.
• Empenhado em construir a sua mansão filosofal, o proprietário da quinta convidou o arquitecto Luigi Manini, conceituado cenógrafo, arquitecto e pintor adepto do estilo romântico.
• A Quinta da Regaleira deixa entender a nostalgia de um paraíso perdido composto de lembranças e conhecimentos dispersos que remontam à epopeia dos descobrimentos e à imagem duradoura desse período. O culto do revivido e a exaltação do exótico, do sobrenatural e da presença divina, incluindo o “Mito do Quinto Império” e o “espírito dos templários”, é mais do que evidente em toda a propriedade.
• No conjunto da Regaleira existem traços nítidos das ideias políticas (devoção pela monarquia) e religiosas (paganismo e cristianismo).
• Em 1946 a Quinta da Regaleira é adquirida por Waldemar Jara d’Orey, que introduziu várias modificações a seu gosto.
• Em 1987 a propriedade é vendida à empresa Japonesa Aoki Corporation.
• Em 1997 a Câmara Municipal de Sintra toma posse.
Locais emblemáticos visitados e o seu contexto
Palácio – O seu interior transmite-nos um ambiente intimista e acolhedor, proporcionado pela abundância de ornamentos em madeira de carvalho e castanho e pelas portas de cor púrpura e de madeira com acabamentos em metal. Nos tectos extremamente elaborados e trabalhados em madeiras exóticas, sobressaem figuras de dimensões avultadas.
Na Sala dos Reis, no friso superior encontram-se pintados os monarcas Portugueses, criteriosamente seleccionados, desde D. Afonso Henriques a D. João V, o último Rei do projecto imperial Lusitano, excluindo, obviamente, a dinastia dos Filipes. A disposição destes monarcas baseia-se na sua ordem cronológica, tendo merecido especial atenção a localização do nascer e do pôr do Sol, que ilustra o “período de ouro” do Império Português e está associado à crença no Sebastianismo e no “Quinto Império”. O pôr-do-sol simboliza a necessidade de “matar” o Império corrupto existente até então, descendo aos “Infernos”, para em seguida dar lugar ao nascimento de um novo Império Cultural.
Capela da Santíssima Trindade – Segue a linha decorativa que reveste o palácio. Em termos sagrados a sua orientação é perfeita: a entrada a Ocidente e altar-mor para Oriente. Possui uma fachada brilhantemente trabalhada e cheia de simbologia. O pavimento encontra-se coberto de mosaico, encontra-se uma grande variedade de cruzes, umas de Cristo, outras templárias. A Capela contém uma cripta, lugar propício à meditação.
A presença de um grande número de cruzes templárias encontra-se também associada ao objectivo primário dos descobrimentos Portugueses: a expansão de um Império Cultural baseado no Cristianismo. No entanto, devido à corrupção, que se encontra presente em todos os Homens, este acabou por se desenvolver segundo uma ideologia distinta, a criação de um Império Material. Estabelece-se então uma relação com uma pintura ilustrativa do sermão de Santo António aos peixes, que também tem como temática a corrupção do Homem.
Logo à entrada da Capela, no tecto, surge um “delta luminoso” que nos sugere a inspiração maçónico-templária.
Os Jardins – São um lugar de fantasia e recolhimento. Tratando-se de um parque de influência romântica, é evidente a mistura de plantas e árvores trazidas das mais variadas partes do globo.
O passeio pelo jardim traduz-se num caminho de ascensão, numa crescente depuração dos lugares, numa subida imaterial rodeada da mais pura vegetação, que se vai tornando espontânea e desordenada à medida que alcançamos o topo, pretendendo reforçar o efeito de primitivismo, como se o homem moderno tivesse necessidade de regressar ao passado “rural”.
Durante o percurso do jardim encontram-se estátuas que simbolizam: o poder, onde se destaca o elevado número de leões; a procura do interior, onde se destaca a presença de búzios e conchas; e a relevância dos seres mitológicos, entre os quais nove Deuses, que representam as virtudes e características do povo, nomeadamente o Português.
Poço Iniciático – Todos os caminhos podem conduzir a uma aparente anta. E eis que uma curiosa porta de pedra roda impulsionada por um mecanismo oculto e nos faculta a entrada para outro mundo.
É o monumental poço, espécie de torre invertida que mergulha nas profundezas da terra. De 15 em 15 degraus se descem os 9 patamares desta imensa galeria em espiral, sustentada por inúmeras colunas de apurado trabalho, que vão marcando o ritmo das escadarias. Gravada em embutidos de mármore, sobressai uma cruz templária/rosa-dos-ventos, que nos orienta para a saída.
As galerias conduzem-nos, em autênticos labirintos, pelo mundo subterrâneo. Estas elegem os que utilizam o raciocínio e o intelecto em detriorimento da força física.
A saída dos túneis é feita através de uma travessia, de pedra em pedra, sobre um lago, representando a necessidade de caminhar sobre a água, água esta que é um dos elementos fundamentais na concepção recreativa e simbólica dos jardins. É fonte de vida, de fertilidade e de abundância. A água foi sempre entendida como sinal da graça divina e purificação do homem.
Pessoa e a Quinta da Regaleira
• “Carvalho Monteiro expressa em pedra a mensagem que Pessoa expressa nos seus poemas.”
• Pessoa escreveu cerca de 45 poemas relacionados com a Quinta da Regaleira.
• O Esoterismo presente na Capela da Santíssima Trindade marca também a poesia de Fernando Pessoa, que possuía um elevado interesse, obsessão até, pelo auto-conhecimento.
• Tanto os búzios como o Poço Iniciático são caracterizados por possuírem nove plataformas, número que, tal como na poesia de Pessoa, simbolizam os nove anéis do Inferno de Dante e os nove meses de gestação, representando a passagem por uma fase de formação/recriação, também representada pelos quinze degraus entre cada plataforma, sendo o número três o que representa o ciclo da vida e o cinco o que representa a dúvida.
• Se Fernando Pessoa conhecia a Regaleira, sobretudo a sua dimensão simbólica e mítica, não poderia deixar de a considerar como uma Estalagem do Assombro, como disse no poema Iniciação.
INICIAÇÃO - FERNANDO PESSOA
Não dormes sob os ciprestes,
Pois não há sono no mundo.
O corpo é a sombra das vestes
Que encobrem teu ser profundo.
Vem a noite, que é a morte,
E a sombra acabou sem ser.
Vais na noite só recorte,
Igual a ti sem querer.
Mas na Estalagem do Assombro
Tiram-te os Anjos a capa:
Segues sem capa no ombro,
Com o pouco que te tapa.
Então Arcanjos da Estrada
Despem-te e deixam-te nu.
Não tens vestes, não tens nada:
Tens só teu corpo, que és tu.
Por fim, na funda caverna,
Os Deuses despem-te mais.
Teu corpo cessa, alma externa,
Mas vês que são teus iguais.
A sombra das tuas vestes
Ficou entre nós na Sorte.
Não estás morto, entre ciprestes
Neófito, não há morte.
Gabriel Gonzaga e Hugo Machado, 12ºH
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Este Sporting não está pior... está na mesma!
Ao longo destes últimos tempos não têm faltado comparações do Sporting actual com o de anos anteriores sob a orientação de Paulo Bento. Assim sendo, a mensagem passada para o público em geral tem-se verificado sempre a mesma: o Sporting C.P. deste ano está mais fraco.
Ora bem, isto é mentira! Ou pelo menos os resultados assim o dizem. Senão vejamos: este Sporting começou a época bem cedo devido aos compromissos europeus, obrigatórios para o Vice-Campeão português (a queda de Portugal no ranking da FIFA assemelha-se à da Bolsa Americana na década de 70...). O primeiro adversário dos “leões” foi, portanto, o FC Twente (clube modesto da Holanda, embora actual Vice-Campeão) e no conjunto das duas mãos (1-1), com um milagre de R. Patrício à mistura, a vantagem dos golos marcados fora foi suficiente para o Sporting eliminar o Twente com dois empates e duas paupérrimas exibições.
Em seguida, veio a Fiorentina (5º classificado do principal escalão italiano) e o grau de dificuldade subiu estrondosamente, a par com a qualidade das exibições leoninas. O desafio assim o exigia. Os “leões” acabaram, no entanto, eliminados (3-3) pela mesma regra que lhes permitiu a passagem sobre o Twente, fruto de dois empates. No entanto, ao intervalo da 2ª Mão, um golo apontado por J. Moutinho na transformação de um livre directo, no campo dos italianos, dava vantagem à equipa portuguesa. Infelizmente, a equipa italiana empatou por intermédio de Gilardino, arruinando as aspirações do Sporting quanto à entrada na edição deste ano da UEFA Champions League, onde mais uma vez apenas se encontra o F.C. Porto como representante português na prova mais importante do mundo. Os “leões” foram, portanto, fazer companhia às “águias” na nova Liga Europa, visto que todos os outros clubes portugueses foram precocemente eliminados. E a verdade é que o Sporting não tem desapontado na fase de grupos da Liga Europa: venceu por 2-3 o Heerenveen (da Holanda) e o Hertha de Berlim (Alemanha) por 1-0, encontrando-se actualmente no primeiro lugar do seu grupo com 6 pontos em dois jogos. Melhor era difícil... Ou não?
Quanto a nível nacional, ao contrário do que vitoriosamente tinha sucedido no ano passado frente ao Porto, o Sporting não disputou a Supertaça Cândido de Oliveira (taça arrebatada este ano pelos “dragões” que venceram o Paços de Ferreira por 2-0). Desta forma, o Sporting iniciou o Campeonato com uma visita à Madeira onde empatou por uma bola contra o Nacional. Nas, até agora, sete jornadas disputadas, os “leões” somaram mais um empate (Belenenses), duas derrotas (Braga e Porto) e três vitórias (Académica, P.Ferreira e Olhanense).
Tudo somado são 5 vitórias, 6 empates (!) e duas derrotas, em 13 jogos oficiais, com 16 golos marcados e 12 sofridos. Ora, se compararmos estes números com os da época transacta em igual número de jogos oficiais (9 vitorias, 1 empate e 3 derrotas, com 16 golos marcados e 8 sofridos), verificamos que o Sporting deste ano tem menos uma derrota do que o ano passado e exactamente o mesmo número de golos marcados.
Mais ainda: comparativamente a 2007/2008, se somarmos todos os pontos obtidos nos primeiros 13 jogos oficiais, independentemente da competição em que os “leões” jogaram, verificamos uma estranha igualdade: 5 vitórias + 6 empates deste ano = 21 pontos = 6 vitórias + 3 empates relativos à época 2007/2008.
Não me atrevendo sequer a falar das derrotas ou mesmo de alguns empates, como o do último jogo frente ao Belenenses (em Alvalade!), todas as vitórias que este Sporting alcançou foram, no mínimo, caricatas. Começando pelo início, a primeira vitória da temporada aconteceu em Coimbra, por 0-2, num jogo que podia ter pendido para qualquer um dos lados. E embora o jogo tenha chegado mesmo a pender mais para o lado dos estudantes, a vitória sportinguista aceita-se. Foi um daqueles casos muito comuns no Sporting deste ano: vencer sem convencer.
Em seguida, os “leões” viajaram à Holanda para obter uma vitória por 2-3 com talvez a melhor exibição da época. O que faltou? A capacidade para resolver o jogo antes dos instantes finais, em vez de fazer sofrer os portugueses com tantas oportunidades falhadas.
De volta ao campeonato, Liedson resolveu o “problema Paços” com um golo “à Liedson” ao minuto 81. Seguiu-se o Olhanense, que esteve a ganhar em pleno Estádio José de Alvalade séc. XXI por 0-2 com muita tranquilidade. Felizmente para os sportinguistas, o empate chegou antes do intervalo e o golo da vitória por S. Vukcevic ao minuto 87 (mais uma vez nos últimos dez minutos de jogo...).
Os “leões” voltariam a conjugar o verbo vencer em casa contra o Hertha, mas o golo que, embora aos trambolhões, até surgiu na primeira parte (!) por intermédio de Adrien, revelou-se insuficiente para calar os muitos assobios que se ouviram no final do jogo que tiveram como alvo principal Paulo Bento.
Mas então o que é que não convence neste Sporting? A resposta é simples: as exibições! É certo que o registo defensivo (12 golos sofridos em 13 jogos oficiais) é, até à data, o pior de sempre da “Era Paulo Bento”, mas muito pior do que isso são as exibições sofríveis, pesadas e tristes que os “leões” têm oferecido. Até agora, os resultados ainda estão dentro do minimamente aceitável e razoável para o Sporting, mas com estes baixos níveis exibicionais resta saber por quanto tempo é que os resultados, e os títulos anteriormente conquistados por Paulo Bento, chegam para aguentar o “casamento” de Bettencourt...
Será que o losango de Paulo Bento perdeu a sua magia?
Ricardo Silva Nº20 11ºB
Ora bem, isto é mentira! Ou pelo menos os resultados assim o dizem. Senão vejamos: este Sporting começou a época bem cedo devido aos compromissos europeus, obrigatórios para o Vice-Campeão português (a queda de Portugal no ranking da FIFA assemelha-se à da Bolsa Americana na década de 70...). O primeiro adversário dos “leões” foi, portanto, o FC Twente (clube modesto da Holanda, embora actual Vice-Campeão) e no conjunto das duas mãos (1-1), com um milagre de R. Patrício à mistura, a vantagem dos golos marcados fora foi suficiente para o Sporting eliminar o Twente com dois empates e duas paupérrimas exibições.
Em seguida, veio a Fiorentina (5º classificado do principal escalão italiano) e o grau de dificuldade subiu estrondosamente, a par com a qualidade das exibições leoninas. O desafio assim o exigia. Os “leões” acabaram, no entanto, eliminados (3-3) pela mesma regra que lhes permitiu a passagem sobre o Twente, fruto de dois empates. No entanto, ao intervalo da 2ª Mão, um golo apontado por J. Moutinho na transformação de um livre directo, no campo dos italianos, dava vantagem à equipa portuguesa. Infelizmente, a equipa italiana empatou por intermédio de Gilardino, arruinando as aspirações do Sporting quanto à entrada na edição deste ano da UEFA Champions League, onde mais uma vez apenas se encontra o F.C. Porto como representante português na prova mais importante do mundo. Os “leões” foram, portanto, fazer companhia às “águias” na nova Liga Europa, visto que todos os outros clubes portugueses foram precocemente eliminados. E a verdade é que o Sporting não tem desapontado na fase de grupos da Liga Europa: venceu por 2-3 o Heerenveen (da Holanda) e o Hertha de Berlim (Alemanha) por 1-0, encontrando-se actualmente no primeiro lugar do seu grupo com 6 pontos em dois jogos. Melhor era difícil... Ou não?
Quanto a nível nacional, ao contrário do que vitoriosamente tinha sucedido no ano passado frente ao Porto, o Sporting não disputou a Supertaça Cândido de Oliveira (taça arrebatada este ano pelos “dragões” que venceram o Paços de Ferreira por 2-0). Desta forma, o Sporting iniciou o Campeonato com uma visita à Madeira onde empatou por uma bola contra o Nacional. Nas, até agora, sete jornadas disputadas, os “leões” somaram mais um empate (Belenenses), duas derrotas (Braga e Porto) e três vitórias (Académica, P.Ferreira e Olhanense).
Tudo somado são 5 vitórias, 6 empates (!) e duas derrotas, em 13 jogos oficiais, com 16 golos marcados e 12 sofridos. Ora, se compararmos estes números com os da época transacta em igual número de jogos oficiais (9 vitorias, 1 empate e 3 derrotas, com 16 golos marcados e 8 sofridos), verificamos que o Sporting deste ano tem menos uma derrota do que o ano passado e exactamente o mesmo número de golos marcados.
Mais ainda: comparativamente a 2007/2008, se somarmos todos os pontos obtidos nos primeiros 13 jogos oficiais, independentemente da competição em que os “leões” jogaram, verificamos uma estranha igualdade: 5 vitórias + 6 empates deste ano = 21 pontos = 6 vitórias + 3 empates relativos à época 2007/2008.
Não me atrevendo sequer a falar das derrotas ou mesmo de alguns empates, como o do último jogo frente ao Belenenses (em Alvalade!), todas as vitórias que este Sporting alcançou foram, no mínimo, caricatas. Começando pelo início, a primeira vitória da temporada aconteceu em Coimbra, por 0-2, num jogo que podia ter pendido para qualquer um dos lados. E embora o jogo tenha chegado mesmo a pender mais para o lado dos estudantes, a vitória sportinguista aceita-se. Foi um daqueles casos muito comuns no Sporting deste ano: vencer sem convencer.
Em seguida, os “leões” viajaram à Holanda para obter uma vitória por 2-3 com talvez a melhor exibição da época. O que faltou? A capacidade para resolver o jogo antes dos instantes finais, em vez de fazer sofrer os portugueses com tantas oportunidades falhadas.
De volta ao campeonato, Liedson resolveu o “problema Paços” com um golo “à Liedson” ao minuto 81. Seguiu-se o Olhanense, que esteve a ganhar em pleno Estádio José de Alvalade séc. XXI por 0-2 com muita tranquilidade. Felizmente para os sportinguistas, o empate chegou antes do intervalo e o golo da vitória por S. Vukcevic ao minuto 87 (mais uma vez nos últimos dez minutos de jogo...).
Os “leões” voltariam a conjugar o verbo vencer em casa contra o Hertha, mas o golo que, embora aos trambolhões, até surgiu na primeira parte (!) por intermédio de Adrien, revelou-se insuficiente para calar os muitos assobios que se ouviram no final do jogo que tiveram como alvo principal Paulo Bento.
Mas então o que é que não convence neste Sporting? A resposta é simples: as exibições! É certo que o registo defensivo (12 golos sofridos em 13 jogos oficiais) é, até à data, o pior de sempre da “Era Paulo Bento”, mas muito pior do que isso são as exibições sofríveis, pesadas e tristes que os “leões” têm oferecido. Até agora, os resultados ainda estão dentro do minimamente aceitável e razoável para o Sporting, mas com estes baixos níveis exibicionais resta saber por quanto tempo é que os resultados, e os títulos anteriormente conquistados por Paulo Bento, chegam para aguentar o “casamento” de Bettencourt...
Será que o losango de Paulo Bento perdeu a sua magia?
Ricardo Silva Nº20 11ºB
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
E Viver...
No nosso dia-a-dia cruzamo-nos com centenas de pessoas, na rua, no metro, na escola; todas concentradas em si mesmas e no turbilhão da sua existência. Todos os dias acordamos a dar como certa a nossa vida; a viver no planeado, baseando-nos nas regras. A vivência num grupo que nos ultrapassa é garantida a todos, de uma forma ou de outra. Nunca somos o que pensamos ou dizemos ser, ninguém se conhece a si próprio. E como podemos não mentir aos outros quando nos mentimos a nos próprios?
E pensas tu isto numa insónia constante; e sentes por fim a tua face esbaforida nua e completamente exposta… E só quando finalmente deixas cair a máscara que tão cuidadosamente havias pintado vezes e vezes sem conta é que a cortina escarlate desce. Desengane-se quem pensa: “A vida é como uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.” (Charles Chaplin). Não penses que teatro é viver mas, sim, no teatro que é viver, pois vives rodeado da ilusão e do segredo por detrás do rosto.
No espelho também tu vês, ou já viste, as moléculas da tua alma a unirem-se com as da tua máscara. E, quando nasces para ti próprio, acabas também de nascer para todos os que te rodeiam, nisto a que se pode chamar de “vida”.
Diana Amaral 12ºB nº8
E pensas tu isto numa insónia constante; e sentes por fim a tua face esbaforida nua e completamente exposta… E só quando finalmente deixas cair a máscara que tão cuidadosamente havias pintado vezes e vezes sem conta é que a cortina escarlate desce. Desengane-se quem pensa: “A vida é como uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.” (Charles Chaplin). Não penses que teatro é viver mas, sim, no teatro que é viver, pois vives rodeado da ilusão e do segredo por detrás do rosto.
No espelho também tu vês, ou já viste, as moléculas da tua alma a unirem-se com as da tua máscara. E, quando nasces para ti próprio, acabas também de nascer para todos os que te rodeiam, nisto a que se pode chamar de “vida”.
Diana Amaral 12ºB nº8
segunda-feira, 13 de julho de 2009
COMO CONTRIBUIR PARA A PARTICIPAÇÃO CÍVICA?

Eram 13h30, do dia 25, quando a camioneta que transportava o círculo eleitoral do Porto chegou ao Palácio de S. Bento.
Foi-nos servido um almoço transportável e de seguida, por volta das duas da tarde, os jornalistas, os professores e os deputados foram identificados e recebidos, sendo que estes últimos foram encaminhados, de imediato, para as respectivas reuniões de comissão, onde os projectos de recomendação de cada círculo eleitoral foram debatidos e desse debate cada comissão aprovaria um projecto comum com um limite máximo de 5 medidas e 3 perguntas para serem apresentadas na Sessão Plenária.
Enquanto os deputados prosseguiam com os seus trabalhos, aos jornalistas foi proporcionada uma visita guiada ao Palácio de S. Bento a iniciar-se na Sala dos Passos Perdidos, na qual se pode observar pinturas de Bordalo Pinheiro alusivas à época pré e pós Revolução Liberal de 1820, sempre supervisionada por uma guia que, também, nos mostrou e expôs um pouco da história da Sala das Sessões e do Salão Nobre.
Após o lanche no Claustro, assistimos às actuações de uma cantora lírica e do grupo “Jovens Vozes de Lisboa”, na Sala do Senado, com as quais os jovens deputados, jornalistas e professores vibraram entusiasticamente.
Depois, os participantes dirigiram-se ao refeitório da AR e durante o jantar foi-lhes entregue o documento com todas as medidas aprovadas nas comissões, para que os mesmos se pudessem preparar para o debate na Sessão Plenária. Terminado o jantar, os participantes foram conduzidos ao Inatel de Oeiras.
No dia seguinte, a Sessão Plenária teve início às 10:35h com a intervenção do Vice-Presidente da AR, Manuel Alegre, e do Secretário de Estado da Juventude e Desporto.
Manuel Alegre fez alusão à diferença do tempo de agora com o de antigamente, frisando os problemas que a juventude de hoje enfrenta como a precariedade laboral e relembrando que temos direitos adquiridos. Referiu, também, a função de deputado enquanto representante do povo e disse-nos: “Vocês têm uma arma poderosíssima, a arma de falar”, apelando ao inconformismo, à ousadia, dizendo-nos para usá-la pelo bem comum.
O Secretário de Estado, por sua vez, fez um agradecimento pela participação de todos na iniciativa, que já de si é uma participação democrática, apelando por fim à participação cívica local pelas mais diversas formas, entre elas o associativismo.
A Sessão Plenária dividiu-se em dois períodos de trabalhos. No primeiro, foram apresentadas duas perguntas a cada um dos deputados da AR presentes – Manuela de Melo (PS), Fernando Antunes (PSD), Miguel Tiago (PCP), Teresa Caeiro (CDS/PP), Ana Drago (BE) e Heloísa Apolónia (PEV).
Foi perguntado à deputada do PS como é que o executivo pretendia acalmar o clima de confronto governo - professores/alunos que se vive, actualmente, nas escolas portuguesas, à qual a senhora deputada não respondeu directamente, preferindo desvalorizar este descontentamento, afirmando que a escola que temos é justa, que “a nova ruptura” é necessária e que novos afrontamentos são como que meros obstáculos.
Confrontado com a sugestão de Manuela Ferreira Leite, líder do PSD, de “seis meses sem democracia”, Fernando Antunes explicou que as palavras da líder do seu partido foram utilizadas fora do contexto. Ferreira Leite pretendia, pois, dizer ironicamente que, com as políticas praticadas pelo governo, mais valia que a democracia fosse suspensa.
Ao deputado do PCP, Miguel Tiago, foi colocada uma questão acerca do financiamento público das campanhas partidárias em tempo de crise. Miguel Tiago afirmou que a democracia acarreta custos económicos que implicam e justificam o apoio aos partidos. No entanto, salientou que, no PCP, 80% do financiamento provém da militância. Disse também que, nessa linha de pensamento, o PCP defende a diminuição do financiamento público e a aposta no financiamento próprio: “Faz todo o sentido, mas os partidos devem angariar os seus fundos através de esforço próprio”.
No fim deste primeiro período, com os deputados representantes de cada bancada parlamentar (PCP, PEV, BE, PS, PSD, CDS/PP), seguiu-se um intervalo para que os jovens deputados pudessem alterar, aditar, escolher ou refutar as recomendações, visando assim, no segundo período, uma recomendação final unanimemente aceite pelas comissões coligadas.
Enquanto decorriam os trabalhos na Câmara de Deputados, os jornalistas “interpelavam” os deputados da AR presentes para esclarecimento de dúvidas e para obterem respostas concretas, dando, deste modo, continuidade à curta sessão no hemiciclo, numa clara manifestação de participação cívica.
É de salientar que a argumentação e contra-argumentação no espaço de debate tornaram a discussão muito rica e demonstraram as opiniões formadas e o carácter consciente dos jovens.
A agenda de trabalhos da tarde, foi preenchida por uma conferência de imprensa dada pelo Presidente da Comissão de Educação e Ciência, António José Seguro, que respondeu às questões colocadas pelos jornalistas das escolas.
Enquanto isso, os trabalhos continuaram na Sala do Senado, procedendo-se à votação das medidas que constituíram a Recomendação final.
A Sessão Plenária Nacional encerrou com a intervenção de António José Seguro que valorizou a existência e a participação dos jovens portugueses no programa “Parlamento dos Jovens”, incentivando cada um de nós à actividade cívica e agradecendo a todos os envolvidos, nomeadamente às entidades que tornaram possível a realização deste evento.
Lúcia da Silva Soares Oliveira – Escola Secundária/3 de Almeida Garrett – Vila Nova de Gaia
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Figura Feminina - III
Camões (influenciado em parte pelo 'petrarquismo') apresenta uma noção interessante da “figura feminina”... “Vou na minha inimiga imaginando …”.
Camões consegue dar um certo contraste, pois a mulher que amamos, supostamente, deve ser nossa amiga e não inimiga, mas o simples facto de não sermos correspondidos já faz brotar sentimentos como ódio, traição … por isso, muitas vezes sermos confrontados com a pergunta “Será que é este o verdadeiro Amor? Será que era isto que eu procurava?”. A “figura feminina” é, sem dúvida alguma, o simbolismo máximo de beleza, de idealismo, mas ao mesmo tempo apresenta-se como uma figura incerta aos olhos de quem a vê (com olhos de ver …) e por vezes até de um simbolismo indescritível (tal como nos é dado a entender por Petrarca). A “figura feminina” é também responsável pelo fenómeno que designamos por Amor, será ele mais incerto que a própria mulher? Afinal, “Amor é fogo que arde sem se ver”, sendo por isso a “figura feminina” o despoletar deste conjunto de emoções tão indefiníveis como ela própria!
Concluindo, se a “figura feminina” e o seu coração fossem fáceis de conquistar, não haveria o desejo e consequentemente não haveria a felicidade ‘singular’ que só o Amor nos consegue proporcionar … Agora dou por concluído (pois tenho de acabar …) este retrato da mulher que vejo neste quadro, a fim de descrever uma figura singular! (enquanto símbolo da beleza feminina …). Se não somos correspondidos, para quê tanto tempo “perdido” em triste enganos …
Paulo Jorge Pona, Nº 21, 10ªE
Camões consegue dar um certo contraste, pois a mulher que amamos, supostamente, deve ser nossa amiga e não inimiga, mas o simples facto de não sermos correspondidos já faz brotar sentimentos como ódio, traição … por isso, muitas vezes sermos confrontados com a pergunta “Será que é este o verdadeiro Amor? Será que era isto que eu procurava?”. A “figura feminina” é, sem dúvida alguma, o simbolismo máximo de beleza, de idealismo, mas ao mesmo tempo apresenta-se como uma figura incerta aos olhos de quem a vê (com olhos de ver …) e por vezes até de um simbolismo indescritível (tal como nos é dado a entender por Petrarca). A “figura feminina” é também responsável pelo fenómeno que designamos por Amor, será ele mais incerto que a própria mulher? Afinal, “Amor é fogo que arde sem se ver”, sendo por isso a “figura feminina” o despoletar deste conjunto de emoções tão indefiníveis como ela própria!
Concluindo, se a “figura feminina” e o seu coração fossem fáceis de conquistar, não haveria o desejo e consequentemente não haveria a felicidade ‘singular’ que só o Amor nos consegue proporcionar … Agora dou por concluído (pois tenho de acabar …) este retrato da mulher que vejo neste quadro, a fim de descrever uma figura singular! (enquanto símbolo da beleza feminina …). Se não somos correspondidos, para quê tanto tempo “perdido” em triste enganos …
Paulo Jorge Pona, Nº 21, 10ªE
Figura Feminina - II
Se não a tivesse visto, duvidava que existisse uma figura assim.
Um olhar belo, calmo, sossegado, sincero, honesto, profundo. Voltei a olhá-la para ter a certeza de que a vira, de que a vira bem. Era bela!
Os cabelos compridos, claros... Rodeada de folhas e flores porque lhe convinha. Tinha um nariz pequeno, uma boca harmoniosa. Não sei quem é ou de onde apareceu. Não sei qual o seu presente ou as peripécias do seu passado. Não parecia real porque era perfeita. Pareceu um reflexo, ou um sonho… Era bonita, dourada como o irradiar da paz. Virgem, sensata.
Depois de a ter visto, ou sonhado, logo, fiquei admirado. Fui invadido pelo deslumbramento.
Mafalda Amorim, nº 20, 10ºE
Um olhar belo, calmo, sossegado, sincero, honesto, profundo. Voltei a olhá-la para ter a certeza de que a vira, de que a vira bem. Era bela!
Os cabelos compridos, claros... Rodeada de folhas e flores porque lhe convinha. Tinha um nariz pequeno, uma boca harmoniosa. Não sei quem é ou de onde apareceu. Não sei qual o seu presente ou as peripécias do seu passado. Não parecia real porque era perfeita. Pareceu um reflexo, ou um sonho… Era bonita, dourada como o irradiar da paz. Virgem, sensata.
Depois de a ter visto, ou sonhado, logo, fiquei admirado. Fui invadido pelo deslumbramento.
Mafalda Amorim, nº 20, 10ºE
Figura Feminina - I
Todas as mulheres são diferentes, todas têm os seus traços e personalidades, e é isso que torna cada uma delas única. Por isso vou descrever uma mulher, única!
Longos cabelos, negros, lisos, caem pelo seu corpo. Combinam perfeitamente com a sua pele escura e suave.
O seu olhar penetrante é complementado pelo seu sorriso agradável, que mostra a sua simpatia e a felicidade que sente.
A maneira como segura qualquer objecto, com uma gentileza extrema, como se tivesse medo de o magoar, dá vontade de lhe pertencermos, para sermos tratados assim.
O seu corpo, deitado de uma forma tão delicada faz qualquer pessoa relaxar, só de ver!
Enfim, é uma mulher, é bela à sua maneira, é única!
Diogo Martins, nº19, 10ºE
Longos cabelos, negros, lisos, caem pelo seu corpo. Combinam perfeitamente com a sua pele escura e suave.
O seu olhar penetrante é complementado pelo seu sorriso agradável, que mostra a sua simpatia e a felicidade que sente.
A maneira como segura qualquer objecto, com uma gentileza extrema, como se tivesse medo de o magoar, dá vontade de lhe pertencermos, para sermos tratados assim.
O seu corpo, deitado de uma forma tão delicada faz qualquer pessoa relaxar, só de ver!
Enfim, é uma mulher, é bela à sua maneira, é única!
Diogo Martins, nº19, 10ºE
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