segunda-feira, 31 de maio de 2010

Identidade Nacional

Sabem mais do que um miúdo de 17 anos?
Já que não estava dentro da temática da Identidade Nacional, resolvi ler textos escritos por autores consagrados, mas também de meros estudantes como eu. Portanto, podia fazer como grande parte desses estudantes e perder tempo a dar a “minha” opinião sobre o que, no geral, acho que está bem e/ou o que está mal, repetitivamente, sem aprofundar as questões. Poder, podia... Mas não era a mesma coisa.
Para que serve estar a repetir aquilo que já foi dito? Sim, concordo com José Gil quanto à enorme “ânsia” que existe em converter Lisboa numa “metrópole cosmopolita”, deixando a Invicta cada vez mais atrasada, uma vez que é simplesmente ridículo o investimento que o Governo deseja aplicar na capital: novo aeroporto, mais uma ponte e o TGV de ligação a Madrid. Será que Lisboa necessita de tanto desenvolvimento quando ainda há poucos meses foi eleita Melhor Destino Europeu para turismo? Não é preciso ter mais de 17 anos para saber responder a esta pergunta.
No entanto, é por acções como estas que nós continuamos na mesma, até porque, pegando nas palavras de Eduardo Lourenço, “ (...) nunca aceitámos a nossa pequenez real”. A nossa ambição é quase sempre desmedida e desapropriada, facto evidenciado até pela alcunha do nosso actual Primeiro Ministro (“O Polvo”)... Necessitamos de um Che Guevara que revolucione e lute tanto contra todos estes sistemas corruptos como contra esta nossa sociedade à base de “cunhas”, para podermos recuperar a nossa verdadeira identidade nacional.
Temos de fazer “reset” a este nosso país que rouba aos pobres para dar aos ricos, porque aquilo a que chamamos hoje Portugal não representa a nossa verdadeira nação. E será que é alternando governos entre PS e PSD que vamos lá? Não é preciso ter mais de 17 anos para saber responder a esta pergunta...

Ricardo Silva, Nº20, 12ºB

2º Intercâmbio do Projecto Comenius - Lituânia

Realizou-se entre os dias 29 de Abril e 6 de Maio o 2º Intercâmbio do Projecto Comenius “Our Planet Under Pressure”, na cidade de Garliava, Lituânia.
Participaram, neste Intercâmbio, catorze alunos: doze alunos do 9º ano e dois do 7º ano e cinco professoras.
Foi uma semana preenchida com actividades várias, relacionadas com o meio ambiente e uma experiência muito enriquecedora quer para os alunos quer para as professoras participantes.


Informação fornecida pela Prof. Lurdes Vergueiro

Ma famille

Ma soeur est très active
Mais un peu sensible.
Ma tante est très joyeuse
Mais un peu paresseuse.
Mon oncle est travailleur
Mais un peu têtu.
Ma cousine est très sympatique
Mais elle est râleuse.
Quant à mes parents
Ils ont peut- être des défauts,
Mais ce qui compte
C’est que nous nous aimons
Comme nous sommes.

Ana Machado nº2 7ºB

quinta-feira, 27 de maio de 2010

FALE E ESCREVA COM CORRECÇÃO

NÃO DIGA:
Estava num lugar que não devia estar.
DIGA:
Estava num lugar em que (onde) não devia estar.

NÃO DIGA:
Uma partida de futebol que eu assisti.
DIGA:
Uma partida de futebol a que eu assisti.

NÃO DIGA:
Uma perseguição que fui vítima.
DIGA:
Uma perseguição de que fui vítima.

NÃO DIGA:
Eu vou de encontro ao seu pensamento (assim discorda).
DIGA:
Eu vou ao encontro do seu pensamento.

NÃO DIGA:
Deviam haver mais aulas.
DIGA:
Devia haver mais aulas.

NÃO DIGA:
Haviam muitos carros na pista.
DIGA:
Havia muitos carros na pista.

NÃO DIGA:
Eu entreti-me a jogar as cartas.
DIGA:
Eu entretive-me a jogar as cartas.

NÃO DIGA:
Um prato que eu gosto muito.
DIGA:
Um prato de que eu gosto muito.

NÃO DIGA:
Faltam contar duas listas.
DIGA:
Falta contar duas listas.

NÃO DIGA:
Ela interviu na sessão.
DIGA:
Ela interveio na sessão

Prof. José Maria Costa

HISTÓRIAS DE PALAVRAS

MINISTRO – Do latim minister, que significa escravo, criado, aquele que serve. Numa casa rica romana, num banquete, o criado que servia à mesa era o minister. Ainda hoje se chama ministro da comunhão à pessoa que, nas igrejas, presta o serviço de distribuir a comunhão. Com o tempo, o criado adquiriu importância junto do senhor, pela proximidade com ele na vida doméstica diária, mantendo sempre o sentido original de serviço. E o certo é que, nos governos das nações, temos os ministros, assim designados por estarem ao serviço dos países (quando estão…).
PODOLOGIA – Há pouco tempo, vendo escrita esta palavra na fachada de uma clínica a indicar uma das especialidades médicas ali praticadas, alguém estranhou, achando que, se era para tratar dos pés, devia chamar-se pedelogia e não podologia. Realmente, e a título de exemplo, um percurso que se faz a pé é um percurso pedestre. A diferença é que pedestre vem do latim -- da forma pede(m) -- e podologia (assim, na verdade, a palavra se escreve) vem do grego – da forma podó(s).
CÁLCULO – Há quem tenha cálculo nos rins e há quem estude cálculo matemático. Estas palavras com significados tão diferentes têm coisas muito em comum: primeiro, têm a mesma origem etimológica, como se calcula -- vêm ambas do latim calculus; depois, podem ambas ter efeitos perniciosos -- o cálculo nos rins faz mal aos ditos e o cálculo matemático pode causar muitas dores de cabeça. Mas a partir daqui é que a porca torce o rabo. Pois, se nasceram ambas da mesma mãe, se são mesmo irmãs gémeas, como é que uma foi parar às vísceras humanas e outra às altas lucubrações matemáticas? É simples. Aquele ulo (ulus) com que a palavra cálculo termina é um sufixo erudito latino correspondente ao nosso popular inho. Assim, por exemplo, óvulo à letra é um ovo pequenino, um ovinho, e glóbulo é um globo também pequenino. Ora, em latim, calculus significa pedra pequena, pedrinha. Daí cálculo nos rins – pedra nos rins. Claro como a água. Acontece, por outro lado, que os meninos romanos usavam, para contar, para calcular, conjuntos de pequenas pedras, como nós usamos os dedos das mãos. E assim a palavra calculus (cálculo) entrou no campo da matemática e se alçou ao alto estatuto que tem hoje.

Prof. José Maria Costa

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Dissertação: “Os Lusíadas”

Os Lusíadas: uma afirmação de fé e orgulho nas capacidades do Homem
“Os Lusíadas” é um poema épico escrito por Luís Vaz de Camões, que se propõe a cantar “o peito ilustre lusitano”, já que reconhece e admira a demonstração de valentia e determinação dos portugueses sendo, por isso, dignos de um louvor sem limites, superior ao que tinham recebido os heróis da antiguidade. Na verdade, o esforço e a coragem foram tais que permitiram aos portugueses a conquista de obras “Mais do que prometia a força humana”.
Antes de embarcarem, os portugueses foram avisados dos perigos e dificuldades que encontrariam ao longo da viagem à Índia pelo Velho do Restelo. Contudo, a vontade dos portugueses em dilatar “a fé e o império” era tão firme que nada os impediu de prosseguir o seu caminho. Desta forma, os destemidos portugueses confirmaram a veracidade dos avisos do Velho do Restelo ao enfrentarem e superando tanto o temível Adamastor como a terrível tempestade marítima, alcançando assim os seus objectivos “Por meio destes hórridos perigos”.
Ao longo dos episódios “Consílio dos Deuses” e “Ilha dos Amores”, o poeta pretende hiperbolicamente transmitir a admiração que os portugueses causaram nos Deuses ao ultrapassarem os difíceis obstáculos com que se depararam e que evidenciaram a sua coragem, fé e determinação¬.
Foi por isso que, com a sua pena, Camões engrandeceu e imortalizou os que se tinham aventurado “Por mares nunca dantes navegados”, escrevendo “Os Lusíadas”.

Ricardo Silva, Nº20/12ºB

Diário

Vila nova de Gaia, 09 de Março de 2010 – Quantas vezes dizemos que não gostamos da nossa vida e que não era nada disto que tínhamos planeado para o futuro! Mas, afinal, ao dizê-lo, não estaremos já a desperdiçar o tempo que nos é dado para cumprir os nossos objectivos?
Recordo-me do péssimo aluno de piano que eu era há dois anos atrás e comparo-me com o que sou agora. O segredo não está apenas em nos dedicarmos muito. Se trabalharmos muito, mas mal, não evoluímos. Pelo contrário, regredimos. Se estivermos cientes do que queremos fazer e se acreditarmos em nós, certamente e com facilidade, iremos atingir o auge da nossa carreira.
Hoje consegui ‘montar’ uma peça em apenas trinta minutos. A crença em nós é o nosso ‘fermento’ ou a ‘farinha’, como queiram. Sem eles não vamos conseguir fazer o ‘bolo’ tão perfeito como imaginámos. Senti-me muito feliz pela eficácia desta técnica. Espero que ela não me falhe durante longos … e longos anos.

Pedro Borges, nº 25, 10ºI

Página de diário

Porto, 11 de Março de 2010 – Hoje escrevo para relembrar. Relembro memórias da minha infância inocente e pura.
Se alguma coisa me fascinava em criança, e provoca agora em mim alguma saudade, eram as viagens de barco realizadas no Verão, com a minha família. Lembro-me bem da minha primeira viajem marítima. Tinha cinco anos e uma fome imensa de descobrir ‘novos mundos’, experimentar novas sensações.
O meu avô, pescador, tinha alma de marinheiro e ansiava que lhe seguisse as pisadas. Então, em meados de Julho, num dia de mar pouco atribulado, acordou-me bem cedo e explicou-me que me ia mostrar algo fascinante, algo mágico, mas que eu, contrariamente ao que era normal em mim, não conseguia adivinhar.
Pegámos nas chaves de casa e, pé ante pé para acordar ninguém, saímos de casa. Uma enorme curiosidade abraçava a minha cabeça e bloqueava os meus pensamentos.
Chegámos ao porto naval. Ele tinha um barco próprio e eu fiquei embasbacado ao reparar na beleza do mesmo. Entrámos no barco, sorri e, apesar de finalmente ter percebido, perguntei:
_ Avô, o que vamos fazer?
Ele passou a mão pela minha cara, ternamente, e calou-se. Ligou o motor e levou-me para as águas cristalinas da Ria Formosa algarvia. Vimos peixes, polvos; vimos camarões e gaivotas. Senti-me livre e feliz!
Oh, quem me dera ter verdadeiras razões para voltar a sentir o que senti, e agradecer, no fim, da forma mais sentida:
_ Obrigado, avô, és o maior!

Tomás Garcez, nº28, 10º I