segunda-feira, 7 de novembro de 2011

“Reflexão do Poeta” em “Os Lusíadas” (Canto I).Breve Análise

Para Camões, o povo lusitano, heroi da sua grande epopeia “Os Lusíadas”, sempre demonstrou coragem, tanta coragem que superava todos os obstáculos e desafios que surgiam no seu percurso, levando o Poeta a referir que seriam capazes de ir além do que “prometia a força humana”. Mas não só de coragem eram os portugueses dotados e Camões sabia-o...

Nas suas reflexões, no final do Canto I, mostra que nem tudo é um “mar de rosas” para as naus portuguesas. Depois da várias traições feitas por 'amigos', os portugueses sentiam- se algo transtornados e desorientados por não saberem em quem confiar e onde aportar em segurança. Daí que o Poeta refira que o Homem é um “bicho da terra tão pequeno”, tão frágil e com vida tão éfemera.

Será que o Homem é insignificante? E uma nação? Talvez. E uma nação unida, corajosa e que segue os seus sonhos, ainda o é? O Poeta coloca lado a lado a fragilidade humana e a sua valentia e vê que, por vezes, a grandeza não é algo visível ou palpável, representando-se pela esperança que cada um de nós, portugueses, tivermos, atribuindo-nos a transcendência para algo superior, para sermos herois. Herois que venceram as forças da Natureza, os mares furiosos, os ventos velozes e as tempestades arrasadoras, além de guerras e enganos de inimigos. Conseguiram superar os limites da sua condição humana.

Assim, nestas estrofes, o poeta refere a grandeza que torna os Homens inferiores, mas diz também que a vida humana, curta e finita, faz dos Portugueses um povo lutador e obstinado. Estes sabem que a viagem estava no ínicio e que todo o caminho pela frente seria difícil, mas, mesmo assim, isso não os assustava, pelo contrário, dava-lhes forças para avançar.


Cláudia Sofia Neves, 12ºC, Nº9

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Oficina de Escrita - Turmas D, E e F do 7ºAno



7º D

Pedro Cardoso –
Um livro é uma forma de inspiração, uma emoção. Um livro é um amigo que nós devemos cuidar muito bem, que nos oferece aventuras pelas quais nós devemos entrar, um mundo a descobrir, que nos vai alegrar.

Afonso Martingo –
Um livro é um amigo que nos conta a sua vida.

Eduardo Carvalho –
Um livro é um companheiro de mesinha de cabeceira, que me faz entrar pelo sono adentro.

Luís Pedro Moreira Rodrigues –
Um livro é um portal mágico para um mundo incrível do possível e impossível onde imaginamos tudo o que queremos.

Mafalda Vieira –
Um livro para mim é... um refúgio em que posso procurar ideias e perguntas e obter algumas respostas.

Gabriela Castro –
Um livro é um mundo em que podemos entrar para fugir à monótona rotina diária.

Marco Ferreira –
Um livro é um portal aberto para o mundo da fantasia, da imaginação e da diversão.

Ana Sofia Alves Moura –
Um livro é
Uma aventura constante,
Um segredo sem fim
Onde a nossa imaginação
Vai até ao fim!

Cláudia Pinto Campos –
Um livro é um conjunto de folhas, cheias de aventuras e de interesse, cheias de imaginação, realidade ou ficção.

Carolina Sá –
Consegues imaginar algo que te permita fazer e sentir inúmeras “coisas” sem saíres do lugar? Não!? LER é a resposta.
Ler dá significado às palavras, desperta a inteligência e o pensamento. Através da leitura, obtemos conhecimento, enriquecemos o vocabulário, a cultura e a informação.


Ana Margarida Pinto Rodrigues –
Um livro é um encontro do saber, e ao mesmo tempo, descubro novas coisas que me fazem crescer espiritualmente e intelectualmente.

Ana Rita Capôto –
Um livro é um objecto que nós podemos levar para todo o lado.

Beatriz Pena –
Um livro é uma história de sonhos escritos apenas em algumas folhas de papel que parecem não ter fim.

Diogo Silvestre –
Para mim um livro é...
Um mundo cheio de imaginação,
Também tem histórias verídicas,
Feitas de coração.

Já li um livro de comédia,
De acção e de aventura,
Um livro é tão bom,
É como se fosse fartura.

Ler um livro é maravilhoso,
Com ele consigo passar o tempo,
Folheando-lhe as folhas,
Observando-as muito atento.

Ivo Joel –
Ler é sentir a realidade toda e imaginá-la verdade.

Inês Magalhães –
Um livro é uma porta que proíbe a entrada à ignorância e é um convite especial à cultura!

Inês Filipa Silva –
Um livro é uma caixa fechada que nos dá curiosidade de abrir. Quando o abrimos, começa uma nova aventura que nos pode levar a todo o lado.

Marlene Beatriz –
Um livro é como uma estrada sem fim.

Catarina Alves –
Um livro não se deve ver apenas pela capa, tal como as pessoas, devemos ver o seu interior, pois só assim poderemos ter consciência da sua grandiosidade.

Giullio Dias –
Um livro é, para mim, uma distracção quando me sinto triste. Sempre que estou triste, começo a ler um livro, para esquecer o passado.

Marta Carvalho –
Um livro é uma porta com uma chave, que qualquer pessoa pode abrir.

Renata Silva –
Com um livro, vive-se, aprende-se e sonha-se.

Joana Silva –
Um livro é um mundo cheio de fantasia, que ao entrarmos nele, nos leva a viajar na história que o livro nos conta.

Mauro Abreu –
Um livro é uma página que nos transmite sentimentos.

7º E

Egor –

Um livro que espera por ti

tem muito para contar.

Um livro que já contou tudo

com outros histórias quer partilhar.

Diogo –

Um livro fechado é como uma pessoa em coma que quer ser aberta para viver.

Alberto Ismael –

Um livro numa gaveta é como uma chave guardada para um mundo distante.

Sara Silva –

Ler um livro é abrir o portão para um mundo que só pode ser entendido com a imaginação.

Gabriela Neves –

Um livro é um sonho, um sonho que nunca acaba.

Helena Magalhães –

Um livro é uma porta que se abre mas só se fecha se nós quisermos.

Mariana Aguiar –

Um livro esquecido é como um velho amigo abandonado.

Joana Ferraz –

Os pássaros voam para horizontes desconhecidos. Ler é como se esses pássaros nos levassem a alma para os lugares onde só não aprende quem não quer.

Maria Inês –

A imaginação é o meu cérebro, o meu sonho é o meu livro, o meu livro é o meu amigo.

Comer enche-te a barriga. Ler enche-te a alma.

Pedro Marques –

Um livro em branco é como um galinheiro sem galinhas. Um livro aberto é uma aventura a viver.

Mariana Saúde –

Abrir um livro é abrir as portas para o saber. Ler o livro é tirar o passaporte para entrar.

Matilde Coelho –

Um livro em branco é um mundo sem vida, um livro com uma história é um mundo cheio de aventuras.

Rita Alves –

Um livro cheio de palavras é como uma praça cheia de pessoas.

Carolina Rodrigues –

Um livro é um novo mundo que espera por nós.

Joana Pereira –

Às vezes queremos voar e não conseguimos levantar, com um livro sentimo-nos leves e podemos viajar.

A escola ensina a ler e a escrever, um livro ensina a viver.

Inês Barbosa –

Os pescadores pescam peixe, eu pesco as palavras deste livro.

Um livro encontrado é mais um amigo imaginário.

João Santos –

O livro é um monte de folhas coladas a um bocado de cartão que nos abrem as portas à imaginação.

Gonçalo Camelo –

O livro transmite liberdade

Liberdade é emoção

O livro é o meu companheiro

Dos pés à imaginação.

O livro fechado é como um pássaro enjaulado.

Ana Micaela –

Um pássaro tem asas e pode voar, nós somos pequenos leitores que mesmo sem asas, em céus abertos e mundos mágicos podemos entrar.

Inês Teixeira Lopes –

Um avião leva-nos a outros países, um livro é como uma nave que nos leva a outros planetas.

Margarida Oliveira –

O que se imagina num livro, não corresponde à realidade.

Carlota Gandra –

O meu livro é colorido e muito florido.

Mª Carolina Bastos –

Com um livro fechado nem dá vontade de lhe tocar, depois de o abrirmos não o queremos largar.

Sofia Brandão –

Ao ler um livro aventuramo-nos numa viagem com o nosso melhor amigo.

Rita Costa –

Quem tem medo compra um cão, quem está aborrecido compra um livro.

Um livro cheio de aventuras é como um chocolate cheio de calorias.

Catarina Corujeira –

Um livro fechado é como um cérebro perdido, um livro aberto é como uma mente distraída.

Marta Novais –

Para mim ler um livro é como se estivesse a cantar.

Sara Barbieri –

Olhar para o céu é imaginar as nuvens, olhar para o livro é imaginar palavras escritas no céu.


7º F

Bruna Oliveira –

Um livro fechado é como um mendigo sem abrigo.

Beatriz Leitão –

Um livro sem capa é um mero sem abrigo.

Um livro sem folhas é como um desejo inacabado.

Juliana Alves –

Uma criança sem livros não tem a porta para o mundo da imaginação.

Um livro fechado é como um mundo inacabado.

Um livro rasgado é como um capítulo inacabado.

Isabel Tereso –

Um livro sem imaginação é como uma vida sem alegria.

Um livro sem sonho é como o mar sem água.

Joana Tiago –

Um livro em branco é como uma criança sem sonhos.

Francisco Guimarães –

Um livro é a chave para um mundo de imaginação.

Um livro é um coração aberto para nos exprimirmos.

O livro é uma pessoa amiga.

Ana Rita –

Um livro faz chorar, rir e sonhar.

Kristina Bychkova –

Um livro na mesa um filme na cabeça.

Catarina –

Um livro aberto é uma viagem sem fim.

Joana –

Um livro fechado é um cofre no meio do deserto, perdido, à espera que o encontrem.

Ana Rita –

Um livro aberto é como um amigo que canta.

Joana –

Um livro fechado é como uma roseira sem rosas.

Manuel –

Um livro é um tesouro que vale mais do que ouro.

João Ribeiro –

Um livro rasgado, é um amigo magoado.

Leonardo –

Um livro sem alma é como uma pessoa sem coração.

Um livro esquecido é um amigo perdido.

Francisco –

Um livro sem letras é um mundo vazio.

André Silva –

Um livro encostado para o lado é um amigo magoado.

Francisco P. –

Um livro com palavras é um jardim cheio de cores.

Gonçalo Vieira –

Um livro esquecido é como uma vela apagada.

Filipa Correia –

Um livro é um amigo que não conseguimos largar.

Cristiana Pinheiro –

O livro é um amigo com quem podemos contar e fantasiar.

Raquel Mesquita –

Um livro sem palavras é como um ano sem chuva.

Rita Campante –

O livro é a chave da minha imaginação.

Raquel Mesquita –

Um livro sem frases é como Romeu sem Julieta.

Beatriz Almeida –

Um livro interessante é como um amante.

Diogo Rocha –

Um mundo sem livros é como um planeta a 350º.

A CAIXA DE PANDORA


A escola de Atenas
II MOSTRA DOS TRABALHOS DE FILOSOFIA
ESAG - 3 de Junho / 2011-09-11
“ Surprender-se é começar a entender” ( Ortega Y Gasset)

impressões de momento

No final do ano letivo, mais precisamente no dia 2 de junho e no âmbito da disciplina de Filososfia, a nossa professora, Lurdes Lopes propôs ao 10º I e J um projecto designado “ A caixa de Pandora”. Este consistia na leitura de capítulos de livros relacionados com temas que trabalhamos nas aulas e a sua apresentação de forma criativa. Formaram-se grupos de trabalho e as apresentações foram feitas ás turmas. No final do ano juntaram-se os trabalhos desenvolvidos pelas duas turmas e fez-se uma espécie de mini- festa para a sua apresentação à escolar e aos nossos pais e encarregados de educação. Houve vários tipos de actividades como, teatro, dança, apresentação em power point, canções, poemas, entre outros.

Quando perguntei à minha mãe o que ela achou da atividade, ela respondeu: “ Achei muito interesante, acho que enriqueci não só ao nível da Filosofia, mas também ao nível daos valores.” O meu pai concordou com a minha mãe : “ Foi uma atividade bem organizada e muito criativa. O meu irmão mais novo no final disse-me : “ Sabes, eu tinha ouvido falar desta disciplina e diziam-me que era chata, mas este projecto despertou o meu interesse e acho que vou gostar da disciplina.”

Entre nós – colegas de turma - alguns referiram “ Achei muito divertido, aprendi muito mais sobre a disciplina e convivi com colegas que ainda não conhecia”.

Pessoalmente gostei muito desta actividade e penso que deveríamos repetir porque nos ajuda a criar uma desenvoltura comportamental e um enriquecimento intelectual.


Catarina Oliveira , 11º I

Too many people


Nowadays, there are many people and to find places for people to live it is necessary to destroy green spaces or the habitats of the animals.

This is a big problem because green spaces disappeared and the habitats the animals and these animals are endangered. And I wonder why people don’t think about the environment and the animals. People don’t think about the environment or the animals, they just think about their well-being. It is cruel to see the planet and the habitats being destroyed and to know that is our fault because we do nothing to stop this destruction.

If each of us helped save the environment and animals/habitats the planet would be better!

CARINA TEIXEIRA, 11ºJ, Nº5

Too many people

Last years the world has been suffering a big transformation. The population is growing so fast that are starting appear some problems.
People are destroying the nature, building skyscrapers, lot of houses and highways, which is very bad to the animal habitats.
Nowadays lots of species are endangered.
I think that everyone has the responsibility to change that, because the world needs our help to survive and the help must start now.

Ana Gabriela 11º J

Documentary

This documentary portrays the life of thousands of people, like the pickers from Jardim de Gramacho. They all had shocking life stories; Vik Muniz changed their life and made their dreams come true by his particular art, which made him famous all over the world. In my opinion this documentary is just amazing, it shows the reality and the contrast that still exists in the world. I admire Vik Muniz for what he did, he went to Brazil and helped not only the ones in the portraits but every picker that works there picking garbage under terrible conditions in risk of life and still are proud of what they do.

Sofia Oliveira 11J

Documentary Review

Wasteland

In my opinion this is a very good documentary. It portrays a different reality about poor people who work as pickers in Gramacho Garden in the outskirts of Rio de Janeiro.
I believe that this documentary is very important because it tells us about pickers’ lives and about how important it is to recycle. These people work and live in the middle of garbage within awful conditions and still they do their best to be friendly and to support each other.
Most of them felt ashamed about working there, but it was a matter of survival.
When the artist, Vik Muniz, went there to do this photo shooting and documentary, he started changing these people’s lives by showing them a different reality.
The person I liked the most was the old men, because he had almost no education and he was, in my opinion, a very intelligent person.
But the thing that amazed me the most was his spirit and attitude. He lived and worked in a terrible place under terrible conditions and still he wasn’t ashamed but proud of working honestly.
And for me that should make us think.


Sofia Medeiros nº26 11ºJ

Too Many People

Our world is becoming grey: full of buildings, full of persons, full of pollution. And it used to be green!
Human beings are very possessive, and greedy. With their desire to have more, and more, they have been destroying the environment. Lots of buildings appeared, lots of means of transport, more technology (needs more energy), etc...
In consequence of this, there are less green spaces available for animals to survive, so we’ve also been destroying their habitats, and they have no other place to go, because they live in the nature and they are part of it, so nowadays lots of animals are endangered, and that’s very bad, because without them we cannot live.
Some cities in the world are overpopulated, which is bad because it provides more traffic, and of course more pollution. Some people live in shanty towns, because they have no money to live in houses with good conditions, those places are much polluted, with lots of traffic dealers, so people who live there are discriminated and rejected by other people.
People don’t respect the environment, as they are too many in the world, they should start to think about possibilities of a better life in our “Mother Earth”.
Our world needs our help. I wonder if we don’t help, who will... We must save the resources: water, energy, and use renewable energy, and rechargeable batteries, green means of transports, green technologies, sort out, reforest, protect the animals, there is a lot we can do to protect it, and we have to do it.

Maria João, nº 16, 11ºJ

The Age of Stupid

Reviews

The documentary “The Age of Stupid”, shows us how our world will be in the future, if Humans continue to act like today.

It reports the stories of six individuals who live in either harsh conditions or are trying to preserve the planet Earth. Showing us their lives, the things they do, the difficulties they go through and even the threats they have to deal with.

This documentary is highly recommendable if you care about the planet you live in and want to preserve it. As it shows all kinds of problems that are spread across the planet, and that are destroying the Earth, it is a very good documentary to show to someone that doesn’t believe that our planet is currently at the risk of being destroyed.


André Pereira and João Vieira, 11ºF


This documentary is very appealing and the images that are shown really touch people and make them realize they are acting the wrong way towards our planet.

Besides showing us clearly the many problems that human beings are causing, this documentary also brings some insight on how the world will be if we don’t take action to change the course of events.

It not only displays some movies about Earth problems, but also presents six reports about people who are affected by them.

We recommend it because it alerts people to what is happening to our planet and gives us some hints on what we should do in order to make it sustainable and avoid the devastating consequences of global warming and lack of resources.

João Ferreira

11ºF

Pedro Ferreira

11ºF

OFICINA DE ESCRITA - 7º B

Ler é … Um livro é …


Ler é raciocinar sobre os factos da Vida. (Bruno)

Um livro é um amigo que nos conta as suas aventuras. (João Pedro)

Ler é enterrar os nossos pesadelos.
Ler é casar com a história.
Ler é entrar num paraíso de palavras. (Luís Barros)

Ler é abraçar as letras.
Um livro é um amigo numa noite fria de solidão.
Ler é descobrir um novo mundo.
Ler é falar com um amigo que não mente.
Um livro é o passaporte para o sonho. (Nuno Delgado)

Um livro é um pequeno tesouro. (Fábio Castro)

Ler é tecer um enorme manto de conhecimento.
Um livro é um sol de ideias. (Diogo Silva)

Ler é fugir da solidão que nos aborrece.
Ler é encontrar novos amigos.
Um livro é uma porta que se abre para o mundo.
Um livro é um bom amigo.
Ler é reflectir sobre a vida. (Andreia Carvalho)

Um livro é um amigo de todos os momentos. (Catarina Constantino)

Ler é despertar os nossos sentimentos. (Ana Marisa)

Ler é voar pelo céu da criatividade e da imaginação.
Um livro é uma porta para a fantasia.
Ler é sentir a magia das palavras.
Ler é viajar no mundo do sonho, da fantasia e da ficção.
Ler é fugir aos nossos pensamentos. (Ana Isabel)

Ler não é só saber, é viver.
Ler é viajar no tempo. (José Barros)

Um livro é o meu melhor amigo nas noites escuras.
Um livro é um conselheiro.
O livro é uma cascata de sonhos.
Ler é abrir a porta ao conhecimento. (Sara Dias)

Ler é voar sobre as nuvens da fantasia onde não há fim.
Ler é sonhar com um mundo de fantasia.
Um livro é uma porta para a fantasia e para o sonho.
Um livro é um companheiro para as más noites. (Vasco Costa)

Ler é mergulhar num mar de magia. (João Miguel)

Ler é viajar numa longa estrada.
Um livro é um céu de imaginação. (Joana Silva)

Ler é voar sobre uma história diferente. (Rita Valadares)

Ler é nadar num mar de vida e de paixão.
Ler é saborear cada palavra que lemos. (Sara Teixeira)

Um livro é um pequeno rei que faz magia sem parar. (Gabriel Rodrigues)

Ler é chorar e rir noutro mundo.
Um livro é um amigo inseparável. (Francisca Rodrigues)

Ler é ocupar o espírito. (Hugo Fonseca)

Ler é viajar para um mundo novo.
Um livro é um amigo para a vida.
Um livro é um tesouro muito valioso. (Filipa Miranda)

Um livro é um cofre ao alcance de todos. (Gabriela Areias)

Ler é imaginar uma miragem da realidade.
Ler é ter uma vida completa.
Ler é sonhar. (José Alexandre)

Ler é navegar em marés profundas, vivas e coloridas.
Ler é construir o puzzle mais difícil de olhos vendados.
Ler é tecer a manta mais criativa do universo.
Um livro é um baralho de cartas que todos podem jogar. (Francisca Santos)

Ler é viajar para além do tempo.
Ler é conhecer novos horizontes.
Um livro é um mundo sem fim, uma bela melodia tocada só para mim.
Um livro é um código que nos envolve num segredo profundo. (Joana Lisa)

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

“Buba, a heroína!”

Cá entre nós, a minha heroína é a melhor de todas!

Não sei se sabem quem é, mas ela chama-se Buba. Alguns amigos meus têm esse nome para animais de estimação mas eu não! Dou esse nome a minha heroína! Até para quem não sabe, gosto de ser diferente… é aborrecido ser igual aos outros…

Os heróis, geralmente, são todos musculados, quase todos de sexo masculino. Alguns têm o poder de atravessar paredes, visão ultra-violeta, elasticidade…ahhhhhhhhhhh, mas o meu não, isso queriam vocês!!!

É uma mulher, bastante esbelta, com um grande coração, maior que o meu prédio. Tem a capacidade de ajudar todos sem discriminar (agora um parêntesis: devíamos ser todos assim, mas como o mundo anda…) Tem super inteligência e sabe detetar todas as mentiras! Quando me dizem que ela não é nada de especial ai ai ai ai, até parece que o mundo vai explodir, porque eu começo aos berros, pois ela é capaz de meter uma pessoa (mas apenas as más) no seu lugar! E ainda dizem que ela não faz nada!

Ahhh, e ela não utiliza a violência, utiliza uma arma mais forte: o cérebro!

Ela tem um vestido feito de “pedaços” de cérebro, alguns vomitam quando a vêm, mas cá eu fico nas nuvens…!

E esta é a minha heroína, diferente, mas especial. Quando estou na cama só penso nela, pois ela inspira-me e penso que um dia posso ser igual a ela…


José Pedro Oliveira Pinto, Nº18, 9ºC

A minha Heroína

Desde que te vi, pensei:
gostava de ser assim!
Bonita, forte e afins… sim!

Fazer as flores crescer num ápice
com um toque da tua mão.
Não quis acreditar,
até me tocares no coração.

Os carrancudos se riram
quando cheiraram teu perfume.
Para mim isso é magia,
até aquilo que fizeste no cume!

No cume da montanha,
de terra seca batida,
fizeste crescer árvores,
árvores que tinham vida.

Elas dançavam agitadamente
e tu rias do teu feito à minha beira,
Disseste que não tinhas nome,
por isso …chamei-te Primavera.

Maria Inês Costa, nº 23, 9º C

terça-feira, 31 de maio de 2011

A evolução de Darwin – Porto, 7 de Abril de 2011 - Uma abordagem filosófica

“Ocupemo-nos agora do problema do sujeito, partindo de uma análise (já clássica) das diversas “feridas narcísicas” que assinalam os principais momentos da história da cultura ocidental.
Com Copérnico, o homem deixou de estar no centro do universo. Com Darwin, o homem deixou de estar no centro do reino animal. Com Marx, o homem deixou de ser o centro da história (que aliás não possui um centro). Com Freud, o homem deixou de ser o centro de si mesmo (…).”
in, Estruturalismo, introdução e notas de Eduardo Prado Coelho, Portugália ed, pág. XXXVIII

A Exposição que visitámos no Jardim Botânico do Porto, sobre Darwin (1809-1882), permitiu-nos aprender mais sobre a sua vida e, principalmente, a sua obra. Darwin representa uma revolução no pensamento científico – foi um dos investigadores que mais contribuiu para a consolidação dos ideais emergentes do “Século das Luzes” e para as mudanças que tornaram o mundo naquilo que hoje conhecemos. (João Faia)
Antes de Darwin, Lineu, Buffon e Lamarck pensavam que todas as espécies pareciam evoluir dentro da sua própria linhagem; Cuvier, defensor do catastrofismo, justificava a criação e a extinção das espécies com acontecimentos naturais, mais espontâneos do que graduais: segundo ele, as espécies eram fixas e apenas poderiam ser substituídas por outras, migradas de locais mais distantes. (Victor Barriola)
Foi-nos possível compreender a importância da informação recolhida durante a longa viagem de Darwin pelo mundo, a bordo do HMS Beagle. (Daniela Silva). Nesta viagem de cinco anos, Darwin registou observações da natureza que o levaram ao estudo da diversidade das espécies e, em 1838, ao desenvolvimento da Teoria da Selecção Natural. (Sílvia Costa). As Ilhas Galápagos foram fundamentais para os seus estudos - nesta região afastada, pertencente ao Equador, o inglês observou parte das espécies que que inspiraram a sua revolucionária teoria. Formadas por 13 ilhas maiores e 17 ilhotas, Darwin notou que nas Galápagos, as condições ambientais variavam pouco entre uma ilha e outra, mas que essas diferenças tinham influência nos animais e chegou à conclusão de que, em territórios relativamente pequenos, pode haver 14 espécies de um mesmo pássaro e que as suas variações estão relacionadas com o ambiente onde vive. (Ana Margarida)
Uma teoria científica é um modelo que combina e interliga várias leis e hipóteses, que permite deduzir novas leis ou formular hipóteses de forma a explicar novos factos. Em Londres, Darwin desenvolveu a “teoria da evolução por selecção natural”. Mudou-se para Downe para reforçar e testar a sua teoria antes de publicá-la e de lá trocava correspondência com outros investigadores…. Demorou mais de duas décadas a publicar as suas ideias porque as mesmas iam contra princípios aceites naquela época. (Diana Curado)
Na Origem das Espécies, Darwin evitou o tema da origem humana, tentando desviar-se da polémica presente em publicações de outros autores contemporâneos. (Krystyna Yelisyeyeva)
O maior enigma científico de Darwin foi o da hereditariedade. Ele sabia que a selecção natural actuava sobre as variações presentes entre indivíduos de cada espécie, mas nunca conseguiu mostrar como essas variações eram transmitidas de geração em geração. (Sara Serafim)
Entre as décadas trinta e quarenta, através de diversos trabalhos, nas áreas da Zoologia, Paleontologia, Genética de Populações, etc., foi proposta uma síntese entre a Teoria da Selecção Natural e a Genética. (Pedro Teixeira)
A ligação de Darwin a Portugal é interessante: o sábio inglês, então com 72 anos, aconselhou Arruda Furtado sobre o estudo da fauna e da flora do arquipélago dos Açores tendo este açoriano publicado vários títulos sobre Darwin em revistas e jornais (Daniela Rocha); Darwin também está ligado ao Porto pela relação de amizade com uma família inglesa que vivia nesta cidade e porque a primeira tradução e impressão da Origem das Espécies foi efectuada pela Livraria Lello. (Ana Sofia Sousa)

Texto elaborado pela Professora de Filosofia a partir dos relatórios dos alunos indicados do 11º A

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Teatro

O Teatro faz parte das 7 artes mais conhecidas e encontra-se no quinto lugar das mesmas, nao sei ao certo qual o motivo para esta ordem contudo a mais recente, o cinema, encontra-se em setimo o que nos leva a pensar que poderá ser por ordem cronologica mas consta-se, embora sem total certeza, que o primeiro evento de dialogo deu-se por volta do ano de 2500 A.C. no Egipto com a presentaçao do Mito de Osíris e Ísis. Esta data coloca-nos a pensar se a ordem será mesmo cronologica ou não.
Está arte tambem conhecida por representação ou arte representar e é sem duvida o maior desafio para os actores, pois nesta arte nao há margem para erros, o publico encontra-se a alguns metros do actor e nao é possivel voltar atráz.
Depois de terem sido apresentados alguns possíveis sinonimos para “Teatro”, resta saber as origens da palavra, os primeiros recintos para teatro e os primeiros tragediógrafos são Gregos, cerca de 4 ou 5 séculos A.C., logo a palavra nasceu na Grecia, Théatron. Um dos seus significados poderá ser: “Aprender com o olhar, ver com os olhos e assim perceber.”.
Em Portugal diz-se que o fundador do teatro portugues foi Gil Vivencente (1465- 1536), face as datas referidas nos parágrafos anteriores, podemos concluir que teatro surgiu em Portugal bastante tarde. As primeiras casas do teatro surgiram, em Portugal, durante o reinado de D. José I, que reinou entre 1750 e 1777. Almeida Garrett para além das obras que escreveu enquanto dramaturgo, também fez avançar Portugal neste ramo com a fundação do Conservatório Geral da Arte Dramática e com a organização da Inspecção Geral dos Teatros. Contudo, na minha opinião, o teatro português tem ainda muitos aspectos a desenvolver.
Para mim o teatro está entre as minhas formas de arte favoritas, logo a seguir à música e ao cinema. Apesar disto, e como qualquer outra pessoa, apenas gosto de boa arte e nem sempre é facil um peça de teatro surpriender-me. Embora sejam artes diferentes, o nome dos proficionais que realizam quer cinema quer teatro é o mesmo e a comparação é inevitavel, mesmo sabendo que é mais facil representar para um camara. Tambem há bons actores de teatro portugueses e são esses que levam as pessoas às salas de teatro, mas deviam haver mais e devia haver maior aposta no teatro.
VIVA O TEATRO!

André Filipe Pinto, nº 4, 12ºE

quinta-feira, 28 de abril de 2011

A Busca

O Homem, um ser de tamanha complexidade, há anos a ser estudado e, no entanto, a sua identidade permanece um mistério … É um ser numa busca constante, que nunca cessa, foi isso que tive a oportunidade de constatar ao longo deste ano.
Iniciamos o ano com Fernando Pessoa. “Querendo, quero o infinito.”, é uma frase bastante poderosa na minha opinião, que reflecte de forma inequívoca aquele que é o ideal do homem. Assim, Fernando Pessoa vê-se em busca do inalcançável, de uma “ impossibilidade perfeita”.
Também em “Os Lusíadas” vemos a mitificação dos heróis da pátria, aqueles que foram em busca do sonho, sem dar ouvidos ao bom senso, contra o que proferiu “O Velho do Restelo”. Avançaram com audácia … e triunfaram.
Não poderia falar de “Os Lusíadas” e não falar de “Mensagem”, uma vez que esta obra de Fernando Pessoa está intimamente ligada à primeira, de Luís Vaz de Camões.
Ao analisar com mais pormenor o poema “Ascensão de Vasco de Gama”, tive o privilégio de constatar, que esta figura mítica se trata, sem dúvida, de um símbolo de coragem, audácia e verdade … só assim foi possível a conquista da Índia por via marítima.
É precisamente esta busca infindável que define o homem. “ (…) o sonho comanda a vida/ (…) sempre que um homem sonha o mundo pula e avança (…)”. Quando um sonho se concretiza, apenas à que sonhar novamente. Esta é a realidade do homem, caminhar em direcção ao desconhecido … somos livres, e em liberdade escolhemos … ser felizes!

Paulo Jorge Pona, Nº22, 12ºE

Consumer Society

I agree with the idea that we live in an excessive consumer society.
People buy what they need and what they don´t need. Products that are important today become useless tomorrow.
Nowadays, people are superficial and selfish. We are always buying products that most of the time, we don´t really need. It is very hard to be satisfied and value simple things that life has to offer, like health, friends and nature. It would be interesting to join an association that aims at protecting people and nature against multinationals and their marketing strategies. In these antiglobalisation associations, we can interact with other people and share their perspectives. We can also discuss the environmental damages and the ethical problems, such as child labor exploitation. Although demos and protests aren´t always effective, they can change our minds and lifestyles.
Teenagers are our future and the sooner they realize that our planet is in danger, the better for our future.

Catarina Tiago, nº 9- 11º F

Consumer Society

In my point of view it isn’t human that ten-year-old kids or even less work for big companies making running shoes. These kids don’t have the opportunity to go to school to learn and enjoy their childhood.
Companies exploit these kids with marketing campaigns, with hard work and miserable wages. They are very selfish and they only care about their success and money.
Nowadays our society consumes too much and buys things that are useless, things that people want and not things that they need. It’s very important that people start to think about these kids and everything that they are losing.
We can survive without big brands and we can wear clothes and shoes which don’t have a specific brand.
We should stop buying these products in order to give a decent live to poor kids. If they were our children, we wouldn’t like them to be exploited. So think before buying expensive goods and support kids from third world countries.

Vanessa Peixoto, 11ºB, nº26

quinta-feira, 31 de março de 2011

O Despertador

É triste! Todos me dão na cabeça! Porquê? Porquê? Porquê? Porquê eu? Será justo levar todas as manhãs uma pantufada em cima de mim, só porque sou responsável? Pois é! Eu sou apenas um pobre e velho despertador de presente de aniversário, mas quantas pessoas não vagueiam pelo mundo que são, como eu, responsáveis, inteligentes, mas sobretudo, úteis? Será justo? Será justo que também eles sintam a dor do desprezo e da solidão como eu sinto todas as santas manhãs? Por vezes penso: Por que não me dão uma oportunidade de lhes demonstrar +ara que sirvo verdadeiramente, sem que me dêem, de seguida, um valente murro? Por que razão estes humanos também não dão uma oportunidade aos seus semelhantes empobrecidos, para que também eles possam demonstrar as suas habilidades, as suas utilidades, a sua inteligência e, principalmente, sobre todas as coisas: para que eles possam demonstrar o seu interior? Está nas tuas, nas tuas, nas tuas e nas mãos de todas as pessoas fazer com que a palavra “oportunidade” não seja um mito ou algo que está prestes a cair em desuso, mas sim uma máxima que todos querem atingir. Vai, tu consegues ser mais e melhor e eu, um dia, conseguirei mostrar para que sirvo verdadeiramente…! Talvez um dia!

Rui Filipe Nunes da Cunha, 10ºD

Tema:“ A escrita como…”

“O céu repleto de palavras”
Sento-me aqui e olho para o céu. As nuvens surgem lentamente, no horizonte, carregadas e ameaçadoras. E, tal como quando escrevo, sinto-as ao meu alcance, como uma ideia que me apanha de surpresa…e dou por mim a pensar que num dia mais limpo e solarengo de Verão, aquilo que “escrevinho” neste pedaço de papel seria algo vivo, bem mais divertido e apetecível.
Aqui fora, ao nível das nuvens, tudo aquilo que sinto envolve-me de uma forma acolhedora, e neste papel, tudo isso é gravado. Sei que aquela nuvem vai fugir para longe, mas também sei que outra pessoa a vai ver e vai poder ser, durante um bocadinho, um bocadinho do que eu sou.
E apreciar este momento, apreciar as diferentes formas que as nuvens assumem, dá-me esperança, pois se hoje este texto tempestuoso e repleto de emoção ocupa o meu pensamento, amanhã, quando olhar para o céu, algo mais leve e belo surgirá. E agora sei que quando o que sou se confunde com aquilo que sonho, este é o meu porto de abrigo: uma nuvem, uma ideia e, de repente…o céu repleto de palavras.

Ana Rita Dias Rocha, nº2 10ºG


“A palavra certa”

Para encontrar a verdadeira palavra ou, mais precisamente, a palavra certa para preencher a folha branca, senti o seu perfume trazido pelo vento. À medida que o seu perfume aumentava, a cor da folha mudava com todas aquelas palavras. Comparei-as às pétalas da flor , com cores vivas e deslumbrantes.
E a cada dia que passa, mais uma pétala cai e o texto forma-se. Um dia, está delicada e morre, e palavras perdem-se como as águas doces misturadas com as salgadas do mar.

Cátia Azevedo Correia, nº5 10ºG


“O germinar da crónica”

Para mim, a crónica pode ser como o germinar de uma flor.
No início, plantamos a semente na terra, ou seja, pensamos sobre o que queremos escrever. Depois, é necessário cuidar e esperar que a flor comece a germinar. É como começar a escrever as primeiras palavras, com muito cuidado e com lógica. Quando a flor finalmente está bem formada e bonita, significa que a nossa crónica está quase pronta. O final é quando a mostramos, entregamos o nosso coração e os nossos pensamentos…

Mariana Oliveira, nº14 10ºG


“Pincelando palavras”

Quando olho para uma folha em branco, sinto-me como um pintor a olhar para uma tela vazia…
A escrita torna-se cheia de mistérios e intrigas…Cada um pode imaginar, de formas diferentes, a história que está a ler. Ela é como o branco, pronto a misturar-se com outras cores e assumir milhares de matrizes variadas.
Princesas, sapos encantados, contos de fada: pintam-se de rosa na minha mente. Ou azul…É o céu limpo e puro, sem ódio, sem raiva, sem dor…
Ou talvez verde! Talvez uma tela de Van Gogh… Tão natural, tão “Natureza”!
Cada palavra é uma pincelada, duas formas diversas de expressar sentimentos, ambas profundas, ambas coloridas e ambas generosas. É um dar sem fim de cor, de palavras, de toques de vida…

Marina Patrícia Sousa Teixeira, nº16 10ºG


“ A escrita é arte”

Cada pincelada numa tela, cada espectro e raio de luz que se insere sobre a cor, tornando aqueles momentos retratados na pintura quase como vivos: é isso que eu sinto ao escrever, é uma arte. Cada risco no caderno transforma-se numa palavra, numa frase, num parágrafo. Claro que nem todos os textos de um escritor, nem todas as telas de um pintor são obras de arte. Após muita experimentação de cores diferentes, de perspectivas, de erros e pensamentos, acabará por resultar numa pintura, que para os olhos daquele que tentará compreender as emoções do autor, será uma verdadeira obra de arte. Tanto pintar como escrever é dar asa à imaginação, e dar vida, uma forma definida, àquilo que pertence ao imaginário.

Pedro Pimenta, nº18 10ºG


“Palavras amigas”

Escrever é como uma boa amizade. Demora a surgir alguma ideia, mas, quando vem, temos que aproveitar e tirar proveito. Depois, cada amigo que surge é como um sujeito, um predicado, um complemento. Cada um vai formando uma frase; depois duas, três e, por aí adiante até formar um texto. Texto em que cada frase é necessária, que cada sujeito desempenha uma função diferente de um predicado ou de um complemento. Tal como os amigos, cada um é único, mas necessário para nos apoiar em momentos diferentes.
Mas, ao longo de uma amizade, surgem problemas. E, como quando escrevemos, temos de superá-los e seguir em frente (se realmente queremos que o texto resulte). Normalmente, quando menos esperamos, fica tudo bem e voltamos ao normal: a escrita volta a surgir e a amizade volta a florescer.

Rúben Magina Pereira Vieira Ribeiro, nº22 10ºG


“A Fonte das palavras”

Pacientemente, espero pela água pura que emanam as fontes da inspiração, espero pelas memórias e pelas palavras que fluem e escorregam lentamente pela tinta da caneta…Tocando a medo o papel…Enchendo cada linha com um livro de romance, cheio de histórias, paixão, cheio de tudo. Finalmente, as ideias começam a surgir, e um temporal de frases idílicas toma conta da minha mente e invade, curiosamente, o meu pensamento: as palavras correm o papel, de um lado para o outro, molhadas, e repousam para um eterno e ilustre descanso.
Com um brilho cristalino, a ponta da caneta espelha os meus olhos, ao ver no papel o que tinha no pensamento. Infelizmente, acabou! Aquela forte corrente que me arrastava…Essas águas chegaram, por fim, ao mar. E, agora, dou à costa. Sonho em poder voltar àquela fonte sincera. Sonho em libertar para o descanso mais palavras e em sentir a caneta deslizar no papel.
Agora tenho que me recompor: secar as roupas e os cabelos, aconchegar as frases e apanhar algumas pedrinhas do meio do texto.
Está tudo pronto para dar a conhecer a experiência fantástica que é escrever com o coração. Ter o privilégio de ser conhecedora de uma fonte tão limpa e tão pura, que emana ideias, palavras e pensamentos, com os quais consigo confluir em direcção a um espantoso oceano – a escrita.

Susana Monteiro, nº25 10ºG

quinta-feira, 17 de março de 2011

Página de Diário

16.02.11
Querido Diário,
Continua a chover…
Cai chuva do céu cinzento
Que não tem razão de ser.
Até o meu pensamento
Tem chuva nele a escorrer.

Fernando Pessoa

Este tempo deixa-me muito nostálgica, pensativa... E, por isso, enquanto olho a chuva a cair e ouço o vento, resolvi partilhar as minhas reflexões contigo.
Sabes, dei comigo a pensar que uma das coisas mais curiosas no nosso planeta é a eterna busca do ser humano pela liberdade. Hasteiam-se bandeiras em seu nome, luta-se, morre-se e mata-se por esse direito dito "inalienável" do ser. Mas o que será a liberdade para cada um de nós? Será que todos queremos dizer a mesma coisa quando nos referimos a ela?
Será que os povos Árabes, que agora se revoltam em imensos países, lutam pela mesma liberdade que nós conhecemos? Eu penso que a liberdade em que eles acreditam é um pouco diferente da nossa, devido ao fundamentalismo religioso. Mas, de qualquer forma, acho muito bem que se altere o poder instituído há imensos anos nesses países.
Como vimos na aula de Filosofia, a liberdade qualifica a independência do ser humano, já que lhe permite agir autonomamente, tendo sempre subjacente a responsabilidade.
A minha geração já nasceu num país livre, usufruímos de um direito que outros conquistaram com muito esforço.
Bom, comparando com o passado, a nossa vida é bem diferente, temos acesso a todo o tipo de informação e à liberdade de expressão. Hoje em dia, não há assuntos proibidos! Falar de sexualidade, por exemplo, já não é tabu, os adolescentes de hoje são a geração mais bem informada de todos os tempos! Temos educação sexual na escola, podemos ler artigos a esse respeito nas revistas, a televisão também ajuda, e, se restar alguma dúvida, há sites na internet ou familiares/professores que respondem a qualquer questão sobre o tema.

Hoje, fui ao teatro com a minha turma no âmbito da disciplina de Educação Sexual. E, na verdade, quando me disseram que ia ver a peça ”Deixemos o sexo em paz”, pensei para comigo: pronto, lá vou eu ouvir algo monótono e aquilo que já sei outra vez repetido…
Mas, vê lá tu, aconteceu exactamente o contrário! Afinal era um monólogo, interpretado por uma actriz fantástica, com uma expressividade incrível, uma daquelas pessoas que consegue mudar de tom de voz muito rapidamente para encarnar diferentes personagens. Adorei!
A peça transportava-nos para um tempo onde o sexo era visto como um tabu, pois pouco se conversava sobre o tema, e os jovens associavam-no a uma ideia parecida com a de um planeta distante, intocável e misterioso. Foi bem conseguida a ponte que é feita, entre o modo como a sexualidade é vista nos dias de hoje, e a forma como era encarada no passado. Responde a perguntas básicas e aborda problemáticas que são actuais, como a gravidez indesejada e as doenças sexualmente transmissíveis.
Em jeito de conclusão, posso dizer que foi uma surpresa muito agradável ver este tema tratado numa peça de teatro. Como reflexão, registo que a informação nos confere a capacidade de decidir, de fazer escolhas e poder agir com liberdade.

Bem, por hoje é tudo!
Beijinhos e até amanhã,
Inês.

Inês, nº8,10ºC

quinta-feira, 10 de março de 2011

O Tempo e o Sexo

Ontem, fui ao teatro ver uma peça intitulada “Deixemos o Sexo em Paz”, interpretada por uma única actriz, que aborda a questão do sexo de forma descontraída, descomplexada e divertida. Como não podia deixar de ser, este controverso tema fez-me reflectir.
No tempo dos meus avós, era impensável falar-se sobre sexo! A moral e os bons costumes levavam a que nem na privacidade do lar se abordasse este tema. Na geração dos meus pais, já existia mais comunicação: em muitas famílias existia abertura suficiente para se esclarecerem alguns aspectos relacionados com o assunto. No entanto, nenhum encenador ousava apresentar uma peça que abordasse tamanho tabu!
Com o passar dos tempos, as coisas foram mudando. Eu sou fruto de uma época em que se visualizam filmes na televisão com cenas de nudez aceites pela generalidade das pessoas. Porém, ainda hoje existe um certo preconceito, visível nos risos e olhares desconfortáveis quando se aborda o tema.
Há séculos que as pessoas reprimem a sua vida sexual. Aprenderam, erradamente, que sexo é pecado. Tabus existem e são muitos, cabe a todos nós mostrar que um bom diálogo faz a diferença, porque tudo o que parece proibido desperta curiosidade.
De tudo isto tratou Maria Paulos com um inacreditável e divertidíssimo monólogo. A actriz conseguiu despertar a nossa desinibida atenção para temas pertinentes, começando pela primeira experiência sexual da personagem, passando por uma “lição de orgasmo” e pela impotência sexual. Talvez através desta original forma, os adolescentes consigam abrir os olhos para o mundo que os rodeia, e percebam que o sexo é uma coisa natural, presente na vida de todos, e não um “bicho de sete cabeças”!

Márcia Oliveira,nº22,10ºB

Sem Papas na Língua

“Deixemos o Sexo em Paz” é uma peça de teatro do dramaturgo italiana Dario Fo e de Franca Rames em que se trata de um tema que, nos dias de hoje, ainda é visto por muitos com um “bicho de sete cabeças”: o sexo. No nosso país, quem se encarrega de dar vida a este divertido monólogo é a actriz Maria Paulos.
No decorrer do espectáculo, vão sendo abordados de uma forma muito natural diversos assuntos bastante pertinentes em relação à sexualidade, nomeadamente no que respeita à dificuldade que os pais demonstram em falar com os seus filhos; às dúvidas que assolam os adolescentes e às várias inseguranças e problemas que os casais, por vezes, enfrentam ao longo da sua vida e às escolhas que têm que tomar.
É de louvar o modo como o discurso é conduzido despreocupadamente, mas sem nunca ser leviano, e como o recurso a pequenas histórias permite ao espectador identificar-se com o que é relatado, aproximando assim a realidade e a representação. Importante também é, sem dúvida, o facto de se utilizar um tom que facilmente provoca o riso para criticar a forma como o assunto é tão solenemente visto numa sociedade que se diz tão aberta e racional, como a nossa. Esta peça chama ainda a atenção para o facto de ser essencial dar informação às camadas mais jovens da população, para que possam viver uma sexualidade plena e responsável.
Dirigido a adolescentes, pais ou avós, este é um espectáculo interessante que certamente diminuirá as barreiras existentes, permitindo que toda a família possa conversar e reflectir mais abertamente sobre o complexo tema do sexo.

Inês Miranda, nº11, 10ºB

Deixemos o Tabu Em Paz

O teatro é uma arte de comunhão, uma interacção entre cenário e movimento, entre quem vê e quem é visto. “Deixemos o Sexo em Paz”, de Dario Fo (Prémio Nobel da Literatura), é uma dessas comunhões intensas que não só nos colam à cadeira como também fazem da nossa vida uma viagem melhor. Representada por Maria Paulos, actriz, cantora e artista plástica desde 1990, e encenada por Carlos Gualdino, esta peça pode ser vista por quem tem entre doze e… cento e cinquenta anos. É um espectáculo em tom de comédia, didáctico e integrado no âmbito da Educação Sexual.
Esta peça é um divertido monólogo onde, a brincar, se trata muito a sério dos assuntos do sexo que ainda são tabu. Nela, Maria Paulos interpreta uma conferencista que apresenta factos do dia-a-dia ao seu público dentro de temas como “Os Pais e o Sexo”, “A Minha Primeira Experiência Sexual”, “A Menstruação”, “A Virgindade”, “Os Rapazes e as Suas Inseguranças”. Tendo um pódio, uma cadeira e um suporte com um quadro estranhíssimo, a actriz partilha esses momentos movimentando-se pelo seu palco. Tudo isto encontra-se, do princípio ao fim, envolvido em lágrimas de tanto riso e em respostas às curiosidades, ao ridículo e à incredulidade de certas situações que as pessoas vivenciam ao abordar a temática do sexo.
Diverti-me imenso a ver esta peça que aborda problemas da actualidade – o tabu do sexo - de uma maneira descontraída e leve, proporcionando uma relação íntima com quem está a representar. É de salientar a impressionante representação de Maria Paulos que, deveras, conseguiu essa relação. Achei tremendamente espantoso a forma como o espectáculo estava organizado. Enquanto me ria, senti que ficava esclarecida e mais confortável a falar destes assuntos porque, por muito que pense que o sexo, de entre todos os temas, não deva ser tabu, também faço parte daqueles afectados pela opinião popular. Apreciei igualmente o equilíbrio da abordagem dos temas que eram mais direccionados ora para as raparigas ora para os rapazes, dando igual importância ao papel de cada um neste mundo.
Em suma, esta é uma peça que, sem dúvida, vale a pena ver. Chamando a atenção para a importância que tem uma sexualidade bem vivida, por gente bem informada sobre os riscos hoje existentes, salienta a ainda mais importante presença dos sentimentos nas relações que mantemos com os mais próximos de nós. Assim, depois de bem sabida esta história toda do sexo, podemos, finalmente, deixá-lo em paz.

Ana Sofia, 10ºB - nº4

Página de Diário

Vila Nova de Gaia, 16 de Fevereiro de 2011

Querido diário,

Para começar, estou completamente estafada, mas contente. Hoje esperava-me um grande dia como já te tinha contado. Ia ver a peça “Deixemos o Sexo em Paz” de Dario Fo. Um divertidíssimo monólogo representado pela actriz Maria Paulos e encenada por Carlos Gualdino. Encontrava-me super ansiosa pois adoro ir ao teatro.
Então, encaminhei-me para a escola às oito e dez da madrugada. Uma manhã de Quarta--feira como todas as outras. A mesma correria. O mesmo stress que dá cabo de mim. Mal entrei na sala quinze do pavilhão amarelo, já o setôr de Matemática lá estava à espera que nos decidíssemos a deixar o sono para trás das costas e prontos a fazer mil e uma contas e um milhão de gráficos que, sinceramente, me tiram do sério. À medida que os minutos e depois as horas passavam, o sono lá se foi desvanecendo para dar lugar à ansiedade. Íamos ao teatro! Por uma vez na vida, uma recompensa por nos sacrificarmos a vir fazer, logo às oito da manhã de um dia frio, mil e uma contas e um milhão de gráficos. Talvez Deus exista. Assim que o ponteiro atingiu as nove e quarenta, o setôr deu a aula por concluída enquanto a setôra de Português entrava na sala e nos organizava. Finalmente, saímos da escola e encaminhámo-nos para as traseiras da Biblioteca Municipal. A nossa turma foi a primeira a chegar e o orgulho na cara da minha setôra de Português era evidente. Somos criaturas muito bem comportadas! Deixaram-nos entrar em primeiro lugar na sala de teatro e aquele ambiente quente envolveu-me, prometendo uns momentos bem passados. Depois de nos sentarmos, as outras turmas foram entrando e a divisão encheu-se lentamente até que estávamos todos prontos para o espectáculo. As luzes desapareceram, a voz de um senhor preparou-nos para o que aí vinha e Maria Paulos já estava em palco, pronta para começar.
Fiquei muito impressionada com a peça e a forma de organização. A actriz interpretou esplendidamente uma conferencista que apresenta factos do dia-a-dia ao seu público dentro de temas como “Os Pais e o Sexo”, “A Minha Primeira Experiência Sexual”, “A Menstruação”, “A Virgindade”, “Os Rapazes e as Suas Inseguranças”. Tudo isto encontrou-se envolvido numa profunda comicidade, mas, ao mesmo tempo, numa explicação e desmistificação sérias dos assuntos do sexo que ainda hoje são tabus. Salientou-se que é importante estarmos bem informados acerca dos perigos que acarreta para as nossas vidas, mas que, uma vez que a história esteja explicada e aprendida, podemos deixar o sexo em paz e dar também valor aos sentimentos que nutrimos uns pelos outros.
Fiquei sem ar de tanto rir e de certeza que repetiria a experiência. Adorei o facto de nos terem dado esta oportunidade de nos libertar e ajudarem-nos a lidar com os tabus de uma forma menos solenizada e mais leve pois, de uma maneira ou de outra, não podemos negar que fazem parte da nossa vida. Enfim, tenho de ir. Logo conto-te mais.
Um abraço,

Ana Sofia, 10ºB - nº4

“Deixemos o Sexo em Paz”

Texto crítico
No âmbito da Educação Sexual, tive a oportunidade de assistir à peça “Deixemos o Sexo em Paz”, título que é tradução oficial de “Sesso? Grazie, tanto per gradire”, da autoria do dramaturgo italiano Dario Fo. Esta é uma peça que nos remete para as diferentes formas de a sociedade lidar com as questões sexuais procurando estabelecer um nexo de causalidade entre o conservadorismo extremo e alguns dos seríssimos problemas que afectam os adolescentes e jovens, como as gravidezes indesejadas e as doenças sexualmente transmissíveis.
Tendo por público-alvo as camadas mais jovens, normalmente pouco entusiastas do teatro, convém salientar a forma extremamente interessante como a peça se consegue adaptar às especificidades deste tipo de público. Com efeito, e apesar de se tratar de um monólogo, a utilização de um discurso repleto de ironia e humor consegue imprimir um ritmo bastante vivo, captando a atenção do espectador e ajudando a transmitir, de uma forma mais eficiente a mensagem subjacente ao argumento.
A peça retrata as várias facetas das sociedades marcadamente conservadoras, incidindo, em especial, na forma como estas abordam todas as questões ligadas à sexualidade. Procura apontar, de forma bem evidente, padrões comportamentais e culturais típicos de sociedades mais rígidas, levando-nos a compreender o papel da religião no estabelecimento dessa moralidade. Assim, parece-me pertinente este último aspecto, ou seja, a ligação entre sociedades onde a religiosidade é mais vincada e o assumir da sexualidade como assunto tabu. Na verdade, o texto transporta-nos para a sociedade italiana, a partir da qual conseguimos estabelecer uma analogia lógica com o mundo latino, nomeadamente com a sociedade portuguesa, onde, como é sabido, a igreja católica está profundamente enraizada.
Como referido anteriormente, a sociedade portuguesa, encarna, claramente, as questões levantadas pela peça, moldando-se assim durante os tempos, as mentalidades das populações e criando-se padrões de pretensa pureza moral.
A actriz que personifica o monólogo encara durante a peça diversas personagens, assumindo-se, consequentemente como uma personagem tipo que visa representar a sociedade em geral. Surge, por exemplo, como Eva, evocando o papel da mulher numa espécie de degeneração da pureza, apontando-a como fonte do pecado, numa alusão ao machismo dominante em muitas sociedades, que tende a subjugar a mulher e a castrá-la da sua expressão sexual. Encarna, de igual modo, uma mãe italiana que se mostra preocupada com as supostas perversidades do filho, momento que considero particularmente importante e actual. De facto, a mãe mostra-se preocupada mas tende a optar por um caminho punitivo, em detrimento do aconselhamento e de uma discussão aberta. Esta questão mostra-nos um claro afastamento entre pais e filhos no que à educação sexual diz respeito. Os pais, pela forma como não discutem o assunto, criam um clima de constrangimento nos filhos, levando a que estes, mesmo em caso de dúvida ou problema, o guardem para si, ou, inclusivamente, procurem resposta em locais não adequados ou fidedignos.
Esta é uma peça carregada de ironia. Uma peça que procura satirizar a dita sociedade perfeita e normalmente “limpa”, que nos pode rodear. Uma sociedade que prefere evitar, contornar e negligenciar um assunto, a atacá-lo e esclarecê-lo, sem rodeios. Um mundo carregado de pertenças verdades, que, no fundo, não passam de imposições motivadas pela procura de uma suposta pureza moral. Leva-nos a percorrer uma sequência temporal, ajudando-nos a perceber a origem de muitos dos preconceitos que vigoram em relação ao sexo e à educação sexual.
Em jeito de conclusão, assistir a esta peça permite-nos compreender as causas para muitos dos problemas que afectam os jovens em questões ligadas à sexualidade. Há um claro desfasamento entre um cada vez maior acesso à informação (através, sobretudo, dos meios de comunicação) e uma relação mais próxima entre pais e filhos neste domínio. Permite-nos perceber que uma sociedade mais aberta à discussão e ao diálogo seria um mundo melhor. Chegamos à conclusão de que barreiras culturais que a história nos impôs e que urge serem combatidas. E que a erradicação dessas barreiras permitirá aos jovens terem uma relação mais aberta com a educação sexual, evitando males e constrangimentos que prejudicam o seu desenvolvimento harmonioso e saudável.

Crónica
Quarta-feira. Tarde de inverno. Chove na rua. Num ambiente bem iluminado, acolhedor e confortável, assisto pausadamente ao desenrolar de um monólogo.
A actriz remete-nos inicialmente para a interacção entre Adão e Eva. Entramos no mundo da origem do pecado, em que um acto aparentemente inofensivo, se transforma num fio condutor para a degeneração da pureza e da castidade. Somos levados a criar um estigma de culpabilização, atribuindo à mulher uma espécie de papel inconsciente no surgimento do conceito de pecado. E, essa maçã, a tal maçã da origem do pecado, percorre o tempo até aos nossos dias, subalternizando a mulher e retirando-lhe liberdade na sua expressão sexual. Adão acaba por representar o papel do homem incauto e desprevenido, que, qual vítima, é levado, quase à força, a entrar num mundo pecaminoso. Pobre Adão, que simboliza o homem actual, vítima dos encantos e malabarismos da mulher, criminosa na insinuação e responsável pela corrupção moral das sociedades perfeitas.
Seguindo o desenrolar da peça é-nos apresentada, por exemplo, uma jovem e inocente rapariga, grávida de forma precoce, vítima de falta de informação. Acaba por abortar, clandestinamente, em péssimas condições: clara alusão às condicionantes morais e políticas que envolvem a questão do aborto. Em sociedades que se pretendem afirmar como puras e “ limpas”, ignora-se a questão. É viver numa sociedade que faz, mas esconde o que faz, mas critica quem o faz e diz que faz. Sejamos favoráveis ao aborto, mas sejamos conscientes. Sejamos contrários, mas sejamos coerentes.
Segue-se o encarnar numa professora francesa que ensina às mulheres a entrarem num mundo de mentira, treinando-as para, pela falsidade, a agradarem aos maridos. É o currículo da mulher perfeita! A sociedade subalterniza a mulher, confere-lhe um papel submisso. Há que agradar ao homem! É o retrato de um mundo que insiste na desvalorização da felicidade e na realização da mulher. Essa felicidade é, seguramente, factor secundário, sem importância alguma. Importa sim alimentar o ego masculino e servi-lo, viver para os seus anseios e necessidades. No fundo, este é um mundo de Adões e Evas… De Adões que precisam de toda a atenção e de Evas que nasceram para os servir.
Somos, em seguida, transportados até ao mundo de uma mãe italiana que se apercebe das imensas dúvidas que assolam o filho, relativamente a questões ligadas à sexualidade. A mãe vive numa angústia constante, receando que o filho possa, graças à falta de informação, engravidar uma rapariga católica. Perfeitamente visível o papel fundamental que a Igreja Católica assume na formação das mentalidades. Perfeitamente visível o estigma da culpabilização. Que o filho engravidar uma jovem católica constituiria um atentado ao puritanismo social, ou seja, um dos mais graves pecados. Curiosa perspectiva esta, que leva a que pais temam muito mais as consequências do desconhecimento sexual dos filhos, do que esse desconhecimento propriamente dito. Estranho mundo este em que os comportamentos se tornam graves mediante a forma como são vistos e encarados pelos outros. Estranho mundo este em que se ignora a questão essencial e se vive angustiado pela procura do silêncio e da dissimulação.
Contudo, como uma rajada de ar fresco, de inovação, de modernismo de abertura, surge uma rapariga, cuja tia lhe transmite ensinamentos valiosos em relação à sexualidade. Ponto de viragem, de coragem. Entramos no mundo que se pretende real, no mundo em que se entende a importância da sexualidade e a necessidade de se falar dela. No mundo em que surgirá a abertura entre pais e filhos, para que as dúvidas sejam esclarecidas. No mundo em que a saúde e a planificação sexual se sobrepõem aos constrangimentos ditados por séculos de obscurantismo e de falsos moralismos. O papel da família é, seguramente o de educar. E torna-se urgente que o conceito de educação abranja todas as facetas que contribuem para o desenvolvimento correcto e harmonioso dos adolescentes e jovens. E aquela tia, aberta e disposta a esclarecer a sobrinha, representa isso mesmo: um virar de página, em que a verdade e a natureza da vida são assumidas na sua plenitude.
Em jeito de conclusão, somos confrontados com um discurso de mudança. Do palco, são-nos lançadas palavras que incentivam à procura do conhecimento e da verdade. Do palco é-nos lançado o repto para que, nós próprios, possamos assumir um papel de mudança no tratamento das questões ligadas à sexualidade. Porque a inocência só é inocência quando temos consciência dela. Porque a inocência como sinónimo de ignorância é um mal que corrompe o nosso desenvolvimento. Somos seres plenos quando temos acesso à informação e ao conhecimento. E educação sexual tem que sair da escuridão medieval e entrar nas luzes do Renascimento, tornando-se parte integrante de todo o nosso processo de aprendizagem.

Maria Inês dos Reis Magalhães Rodrigues, nº 20,10ºC

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Studying in the Czech Republic

A student’s life in the Czech Republic
Filipa Morais is a 21 year old Portuguese student who lives and studies in the Czech Republic. She is studying Medicine there and she has very good marks.
A place to live in Prague
Filipe stayed in a student’s dorm, but she soon moved to a house with three friends because there were a lot of parties in the Charles University dorm, which she didn’t like as she wanted to study for her exams.
Pros and Cons
When Filipa said to her parents that she would like to live and study in Prague her family supported her. The best things were that she would get a degree in Medicine with very good marks, she would learn more about the Czech culture and make some good friends. The worst thing was that she would be far from her family and her country and she would miss all these things.
Although she had to pay her fees, she knows that like that she’s contributing for a better and fairer educational system. No Czech has to pay for studies or healthcare.
Summarizing...
Filipe Morais is very happy in Prague because she has made a lot of friends and she knows more about foreign countries since she lives daily with people of other nationalities. Moreover, she is learning the Czech language and much about the culture.
Although she misses her family, she has very good marks and she has new friends. She shows no intentions of ever returning to Portugal to live and work here.
Ivo Duarte, Joao Diogo, Joao Lourenço and Jorge Figueiras, “Studying in the Czech Republic” 2011

A new life in Portugal

Presentation
Khristyna Jelisyeyeva is a student in Portugal, she is Ukranian and she is seventeen years old.
Kristyna came to Portugal because her father is an orthodox priest and had a mission. He came first, then she came with her mother.

The new culture and the differences
When Khristyna first came to Portugal she faced a challenge – a different culture and a different language. Talking about religion, Khristyna, being an orthodox in a community of Catholics, had a hard life adapting.
As to the language, it was hard for her to learn Portuguese because she had never heard a word of it before and it’s quite different from her own language. Of course it was hard and strange because everyone around her talked Portuguese and she didn’t understand a word of it.
Considering the food, it wasn’t that hard for her to adapt being the worst problem at first the language since she didn’t know what she was buying.

Her life
She has friends, she can already follow lessons correctly and she’s a good student.

Conclusion
In conclusion, after a hard path she found happiness. Khristyna struggled hard when she came to Portugal, but after a long fight she made it, and she is now happy and got used to our culture.

By: Adriana Madureira no.1; Alexandre no. 2; Ana Ramos no. 3; André Guedes no. 4Class: 10. D

A New Life in Holland

Dancing in Dutch
Report by Paula Reis, Pedro Santos, Rui Cunha and Maria Inês Mesquita

Isabel Ferreira is a 36 year old dance teacher at Ginasiano Escola de Dança, who decided to study in Holland.
She went there in August 1995, after going to an audition at Rotterdam’s Dance Academy.
Why Holland?
Isabel Ferreira already knew about the academy and about its fame, so she decided to go to an audition, which she passed, and so asked for a scholarship.
Dutch language and culture
The language is troublesome to learn, but she didn’t have to do it after all. In fact, she only had to speak English in order to be understood. Plus, she loves English, so it was enjoyable for her.
Interpersonal relationships were hard to achieve, and life there was of worse quality and more expensive than in Portugal.
The accommodation
At first, she decided to stay at a student’s dorm, but she moved to live with her boyfriend in a house, afterwards.
Coming back
Although she had wanted to be a dancer since she was a little girl, she returned to Porto because it was her dream to dance and teach here.
Studying abroad has its pros and cons. The good things about it are getting a wider life experience, independence and knowledge about other cultures. There are a few bad things though, like making new friends, which is difficult, the amount of poverty in some countries and the especially expensive essential products, besides the language.
Be sure to think well enough before you decide to go to another country.

Apontamentos de um Projecto … Glenlola Collegiate Schooll - Bangor


Entre os dias 9 e 13 de Novembro, 4 professoras da Escola e um grupo de 10 alunos do Ensino Secundário (4 de 11º ano e 6 do 12º ano) participaram num encontro do Projecto Comenius, realizado em Bangor – Irlanda do Norte, no âmbito do Programa Aprendizagem ao Longo da Vida.
Neste encontro do Projecto “A sustainable life - connecting, learning and living” participaram as Escolas parceiras – Irlanda do Norte, Dinamarca, Alemanha e Portugal.
Os alunos de cada Escola apresentaram resultado das actividades desenvolvidas nas escolas no âmbito da sustentabilidade e os professores tiveram também reuniões para fazer o ponto de situação do trabalho realizado e preparar a reunião final do Projecto, a realizar na Alemanha, em Abril de 2011. Os alunos foram recebidos com grande simpatia e tratados com desvelo pelas famílias de acolhimento, que, em abono da verdade, retribuíram o igualmente caloroso acolhimento feito pelas famílias portuguesas, aquando do primeiro encontro, que se realizou em Portugal há cerca de um ano.
A Escola anfitriã é uma Escola pública, feminina, com cerca de 1100 alunas; os 4 professores, alunas e respectivos Encarregados de Educação e Director acolheram-nos de forma simpática e entusiástica.
Mas o programa da visita, não se esgotou no trabalho, na confortável e bem equipada Escola irlandesa; tivemos uma palestra sobre a política de sustentabilidade na Irlanda do Norte, no Palácio de Stormont proferida por um deputado de um dos partidos com assento no Parlamento e com responsabilidades nesse domínio. Também fez parte do programa de trabalho a visita guiada à loja em Belfast do IKEA, onde foi apresentada a política de defesa do meio ambiente desta empresa sueca. Um “raid fotográfico” para os alunos, sobre “Bangor e a sustentabilidade” mostrou o alto nível e sensibilidade dos jovens sobre o tema e foi objecto de apreciação no jantar/festa do último dia dos trabalhos.
O “tour” de autocarro, em Belfast, mostrou-nos toda a impressionante problemática em torno das questões religiosas; a cidade que construiu o “Titanic” está a sofrer, em algumas zonas, uma recuperação urbana, com as preocupações estéticas da actualidade.
O nosso contacto com a música popular e cultura irlandesas culminou com o “contributive supper” do dia 12 de Novembro; no Ginásio da Escola usufruímos de música ao vivo, enquanto provávamos a gastronomia dos países participantes no Projecto, com maior relevância para a irlandesa, confeccionada pelas famílias que acolheram os jovens estrangeiros.
Todos dizemos que esta troca de experiências se tornou inesquecível e que, principalmente os alunos envolvidos terão muito para contar. São experiências como estas que abrem horizontes e nos enriquecem com outras realidades, fazendo-nos sentir cidadãos do mundo, na verdadeira acepção da palavra… Até à Alemanha, para já.

As professoras:
Isabel Matos, Helena Santos, Conceição Morais, Ana Paula Fonseca

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Realização Humana

Anton Tchékhov escreveu uma comédia: “A Gaivota”. E nós, os Alunos, no passado dia 29 de Setembro, fomos assistir à representação da peça no Teatro Nacional de S. João. No meio de uma floresta de ulmeiros, os dez actores caminhavam e corriam chapinhando água colocada até aos seus tornozelos. O movimento inquieto, as luzes e as ondulações davam um brilho especial às personagens que encenavam “o vazio ideológico, o vazio amoroso, o vazio de vidas perdidas no seu próprio tédio”. Daí a comédia, “não pode haver nada mais aborrecido do que este amável aborrecimento do campo”, diz uma das actrizes, no segundo acto.
Tchékhov, pouco antes de morrer, queria brindar à vida com um copo de champanhe. Porque a vida é aquilo que a vida é. A vida é árvores, oxigénio, água, Natureza, filosofia, poesia, justiça, direitos. “A vida é como é (…)”.
Ainda não vivi o suficiente para saber qual a importância da vida, se é que existe um só argumento que responda à questão. Mas acredito que os poetas, os escritores, os artistas sabem bem o que é cumprir uma vida, porque tiveram a capacidade de criar, de realizar uma obra. No “Filme do Desassossego”, a que também assistimos no Teatro Nacial de S. João, Bernardo Soares diz no final do filme: “Deus sou eu!”, exactamente porque acabou de criar à semelhança do Criador.
“Ter uma boa ideia é suficiente para cumprir uma vida”, é uma posição mais modesta de abordar o assunto. Nem todas as pessoas são capazes de escrever um livro, mas todas deviam ambicionar ter ‘uma boa ideia’, apelar à sua criatividade para conseguir ‘criar’ algo novo. A história está cheia de exemplos como Fernando Pessoa, Amália Rodrigues, William Shakespeare e, como não podia deixar de referir, Almeida Garrett!
Posso então concluir que há que procurar e encontrar alguma forma de realização humana…
Não termino sem antes falar de amores, façanhas, sedução e fatalidades… Nascemos para amar. E como dizia João da Ega em “Os Maias”, “cada um tem ‘a sua mulher’, e necessariamente tem de a encontrar”. Há sempre alguém que nos põe tremer, que nos inspira até nos superarmos a nós mesmos, que nos ensina o que é o ‘desejo’. O tempo que passamos com o ‘nosso homem’ ou a ‘nossa mulher’ é um tempo perfeito, um tempo em que estamos a dar o nosso amor da melhor maneira que conseguimos, que estamos a dar o melhor de nós. O tempo em que o ‘nosso homem’ ou ‘mulher’ está ausente, é tempo que não é tempo, é tempo que apenas passa…
Aproveitem todos os amantes que estão juntos, sejam jovens, adultos ou idosos. Tristes aqueles que têm má sorte!
No coração está escrito o nome do nosso amado ou amada, a promessa ou o sonho de “… ser fiel, amar e respeitar, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida”.
Liberdade ao amor, às palavras… “Somos o que fazemos” / ”É preciso fazer as coisas”. Então, façam!


Mafalda Amorim
12ºE

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

"Lisboa estrangeira"

O filme “lisboetas” de Sérgio Tréfaut é um documentário que analisa e descreve a vida de brasileiros, russos, ucranianos, chineses, africanos … que chegam a Lisboa à procura de sorte melhor do que a que tiveram nos seus países.
Na nossa opinião, em “lisboetas, o cenário não é o da cidade de Lisboa tal como a conhecemos, mas, sim, o de uma Lisboa estrangeira e clandestina, à qual todos os dias chegam milhares de rostos assustados, em busca de uma vida melhor. Defendemos que este tipo de documentários são de extrema importância pois retratam uma realidade que muitas vezes passa despercebida ou que é, então, ignorada.
Quanto ao filme em si, pensamos que Sérgio Tréfaut fez um trabalho muito educativo e eficaz, pois a imagem que, em nosso entender, pretende transmitir ao interlocutor foi bem conseguida: no filme não são utilizados actores nem cenários fictícios mas, sim, relatos de casos reais, que servem para sensibilizar o público - alvo.
Assim sendo, concluímos que este trabalho realizado por Sérgio Tréfaut é capaz de suscitar sentimentos, enquanto revela a crua realidade vivida pelos ‘novos lisboetas’.

Diogo João Queirós, 10º G
João Pedro Sousa, 10º G

Lisboa: o ponto de chegada

Sérgio Tréfaut, com o seu documentário “lisboetas”, dá voz aos imigrantes que enfrentam as dificuldades de uma nova vida no seu país de destino – Portugal.
Neste filme, o realizador opta por apresentar as imagens mais marcantes como tentativa de despertar a atenção do espectador para os obstáculos que condicionam o dia-a-dia destes cidadãos. Problemas como a legalização e a comunicação, a procura de emprego e a saudade são retratados com uma autenticidade chocante.
No entanto, achamos que deveria focar também uma perspectiva mais ‘optimista’, ou seja, uma amostra daquela minoria que, ao chegar a Portugal, à procura de melhores condições de vida, encontra o sucesso e a prosperidade. Dessa forma, este retrato social não transmitiria uma ideia tão negativa dos imigrantes.
Por fim, pensamos que Tréfaut conseguiu passar a mensagem desta classe debilitada e da realidade paralela em que sobrevive, rodeada de preconceito e barreiras a ultrapassar.

Ana Rita Rocha, 10ºG
Mariana Sá, 10ºG