Dia 21 de Dezembro,
Tudo parecia bem encaminhado…
Até que um guarda-redes ‘inspirado’
Defendeu ‘de maneiras’ que eu lamento.
Senti-me então injustiçado,
Frustrado, revoltado!
Tudo parecia bem encaminhado
Para mais um Natal estragado…
Mas no dia seguinte,
-… Não há duas sem três -
Satisfez-se a vontade do pedinte,
E a confiança reinava outra vez.
O Sol brilhava bem alto,
Tal como uma liderança,
Que já foi pelo asfalto
E nos roubou esperança.
Foi em 11 de Janeiro,
Que isso mesmo aconteceu
E os que vão em primeiro
Agora são um campeão.
“Só na PlayStation…”
Disse-o um Jesus
Que confirmou a "Vergonha!”
Dos que “ganharam” na Luz.
Há que prosseguir na luta
Com clareza, dedicação…
“Algo raro!”, segundo a batuta
Dos causadores da indignação.
Em 24 de Janeiro,
A reviravolta aconteceu
“Injusta!”, segundo um batoteiro,
Que no passado enriqueceu.
No último de Janeiro,
“As glórias do centralismo”
Como a casca do pinheiro
Prosseguiram o (a)comodismo.
No primeiro de Fevereiro,
Agarrou-se enfim a liderança
Dum campeonato / … “Dum palheiro”
Com mais confusão do que bonança.
NOTA: Para não deixar interrogações no ar, esclareço que este ‘poema’ refere-se ao nosso medíocre campeonato nacional de futebol e, obviamente, a várias polémicas sobre o mesmo.
Quanto aos que pensavam que a minha presença era passageira, enganaram-se! Depois dos meus dois primeiros comentários, nos quais deixei alguma da minha habitual ironia, continuei a visitar constantemente o blog do “Viagens” à procura de alguns textos irreverentes. Visto que as marés pareciam algo mortas e repetitivas (para não falar do pouco sentido que alguns dos temas dos textos expostos possuíam…) resolvi passar para o outro lado e apresentar-me como escritor, neste caso, como ‘poeta’. Assim, sujeito-me abertamente às vossas críticas, que espero que sejam, naturalmente, positivas... Desejo referir, ainda, que esta obra demorou um período de tempo mais longo do que eu previa para ser concluída, sendo este o principal motivo pelo qual estive “desaparecido”.
Portanto, não estou de volta, porque nem sequer cheguei a passar…
O Predador das Palavras.
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
Mas porquê ler um livro?
Muitas pessoas, de todas as faixas etárias, colocam a mesma pergunta inúmeras vezes “Por que é que devo ler um livro? Qual é o interesse?” Para esta pergunta, há sempre uma resposta. No caso das crianças e adolescentes, os pais têm sempre o “sermão” ensaiado: “Ler faz-te bem. Melhoras a tua expressão escrita, ganhas mais cultura e poderás ter mais sucesso na escola!” Isto é tudo verdade, mas convence poucos!
Eu também podia escrever muito sobre este assunto, dar conselhos, mas penso que isso não ajudará ninguém ou quase ninguém, portanto vou apenas contar a “minha história”.
Eu gosto muito de ler. Gosto de quase todos os géneros de livros, desde romances históricos, aventuras, policiais… um pouco de tudo. Mas não fui sempre assim! Comecei a gostar de ler quando andava no 5º ano. Antes, a minha mãe também era como todos os outros pais: “Marta, lê que te faz bem!” mas eu não gostava. Um dia na escola li um excerto de um livro “Uma aventura na escola” e gostei tanto que o li rapidamente. E foi assim. Foi assim que comecei a ler. Li esse livro e mais outro e depois outro, até ler toda a colecção. Entretanto um amigo ofereceu-me os dois primeiros livros de Harry Potter e aí começou uma nova fase de leituras.
Agora, que já sou mais velha, leio outro tipo de livros como romances, principalmente históricos. Mas de vez em quando, ainda gosto de ler aqueles que tanto me encantaram em pequena. Há pouco tempo li o último livro de Harry Potter, o da colecção “Uma Aventura”. É o lado mais infantil que ainda vive em mim e o gosto pela fantasia que, certamente, se manterá por mais tempo.
Para se aprender a gostar de ler, também é importante acertar no livro. Se não gostarmos do primeiro, é provável que a leitura não se torne uma agradável companhia. Mas não podemos desistir! Há uma oferta muito variada de livros, por isso, se não acertarmos à primeira, temos de voltar a tentar. Há que experimentar novas leituras, outros géneros, outros autores.
Tal como os nossos pais dizem “ler faz bem”, mas é fundamental que seja por gosto. Ler um livro por obrigação não convém, uma vez que nos pode criar uma certa aversão a este acto.
Quando descobrimos o gosto pela leitura, o livro torna-se uma companhia para toda a vida. Mergulhamos nas palavras, convivemos com as personagens, tornamo-nos seus cúmplices, habitamos nas suas páginas, percorremos os seus espaços, vivemos as suas horas e até os segundos e quando nos apercebemos, já chegámos ao fim. E é, então, que sentimos um vazio, como se uma parte de nós nos tivesse sido arrancada. A solução? Aventurarmo-nos numa nova leitura!
Marta Santos Figueiredo, 11º B - Nº 16
Eu também podia escrever muito sobre este assunto, dar conselhos, mas penso que isso não ajudará ninguém ou quase ninguém, portanto vou apenas contar a “minha história”.
Eu gosto muito de ler. Gosto de quase todos os géneros de livros, desde romances históricos, aventuras, policiais… um pouco de tudo. Mas não fui sempre assim! Comecei a gostar de ler quando andava no 5º ano. Antes, a minha mãe também era como todos os outros pais: “Marta, lê que te faz bem!” mas eu não gostava. Um dia na escola li um excerto de um livro “Uma aventura na escola” e gostei tanto que o li rapidamente. E foi assim. Foi assim que comecei a ler. Li esse livro e mais outro e depois outro, até ler toda a colecção. Entretanto um amigo ofereceu-me os dois primeiros livros de Harry Potter e aí começou uma nova fase de leituras.
Agora, que já sou mais velha, leio outro tipo de livros como romances, principalmente históricos. Mas de vez em quando, ainda gosto de ler aqueles que tanto me encantaram em pequena. Há pouco tempo li o último livro de Harry Potter, o da colecção “Uma Aventura”. É o lado mais infantil que ainda vive em mim e o gosto pela fantasia que, certamente, se manterá por mais tempo.
Para se aprender a gostar de ler, também é importante acertar no livro. Se não gostarmos do primeiro, é provável que a leitura não se torne uma agradável companhia. Mas não podemos desistir! Há uma oferta muito variada de livros, por isso, se não acertarmos à primeira, temos de voltar a tentar. Há que experimentar novas leituras, outros géneros, outros autores.
Tal como os nossos pais dizem “ler faz bem”, mas é fundamental que seja por gosto. Ler um livro por obrigação não convém, uma vez que nos pode criar uma certa aversão a este acto.
Quando descobrimos o gosto pela leitura, o livro torna-se uma companhia para toda a vida. Mergulhamos nas palavras, convivemos com as personagens, tornamo-nos seus cúmplices, habitamos nas suas páginas, percorremos os seus espaços, vivemos as suas horas e até os segundos e quando nos apercebemos, já chegámos ao fim. E é, então, que sentimos um vazio, como se uma parte de nós nos tivesse sido arrancada. A solução? Aventurarmo-nos numa nova leitura!
Marta Santos Figueiredo, 11º B - Nº 16
domingo, 1 de fevereiro de 2009
Serão regras ou apenas uma rotina?
Vives num mundo aberto a qualquer sensação ou precipitação. Por vezes não te encontras e necessitas que te ajudem a fazê-lo e com simples gestos acabas sempre por dar valor ao que tens ou perdes.
Constróis a tua própria filosofia à medida que os dias passam e os momentos se multiplicam. Tens a capacidade de elevar as emoções ao extremo. Vibras com a felicidade e choras intensamente com a tristeza.
A facilidade passa-te ao lado, mas o impossível mexe contigo. Arriscas ao máximo numa boa loucura com os teus amigos. Valoriza-los constantemente para que sintam o mesmo que tu sentes e com muito orgulho dizes que fazem parte da tua vida.
Apaixonas-te. Propões-te logo a desistir, mas pensa que existe sempre um mundo que só te quer ver sorrir.
Por fim, ficas feliz por estares a passar a fase mais aliciante da tua vida e por muitas vezes podes dizer que o sumo vale o esforço.
Joana Ribeiro, 11ºC - nº8
Constróis a tua própria filosofia à medida que os dias passam e os momentos se multiplicam. Tens a capacidade de elevar as emoções ao extremo. Vibras com a felicidade e choras intensamente com a tristeza.
A facilidade passa-te ao lado, mas o impossível mexe contigo. Arriscas ao máximo numa boa loucura com os teus amigos. Valoriza-los constantemente para que sintam o mesmo que tu sentes e com muito orgulho dizes que fazem parte da tua vida.
Apaixonas-te. Propões-te logo a desistir, mas pensa que existe sempre um mundo que só te quer ver sorrir.
Por fim, ficas feliz por estares a passar a fase mais aliciante da tua vida e por muitas vezes podes dizer que o sumo vale o esforço.
Joana Ribeiro, 11ºC - nº8
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
Alvorada
Alvorada ao acordar…
Lentamente abrindo os olhos com pesar,
De face molhada e almofada manchada com gotas.
Frutos de um pesadelo nocturno,
Ou apenas um pesadelo real.
A memória não lembra sonho tal que dos meus olhos pudessem brotar lágrimas enquanto durmo,
Mas a prova lá está…
Aquela pequena gota que rejubila na minha face…
Sem razão aparente tal vontade me apanha,
E mais cristalinas que as primeiras, outras percorrem os meus cabelos marcando a sua passagem…
Deixam marcas profundas como rios de lava…
Cada uma, a seguir à outra cai com o peso da minha alma.
Peso de um sonho que afinal não é sonho.
Pois os sonhos só descubro que o são quando já me encontro no seu meio…
É mais que sonho, lágrimas reais, que esperam ansiosamente por saltar da minha pálpebra.
É a saudade que se afoga nos meus olhos…
Joana Gomes, 11º B nº27
Lentamente abrindo os olhos com pesar,
De face molhada e almofada manchada com gotas.
Frutos de um pesadelo nocturno,
Ou apenas um pesadelo real.
A memória não lembra sonho tal que dos meus olhos pudessem brotar lágrimas enquanto durmo,
Mas a prova lá está…
Aquela pequena gota que rejubila na minha face…
Sem razão aparente tal vontade me apanha,
E mais cristalinas que as primeiras, outras percorrem os meus cabelos marcando a sua passagem…
Deixam marcas profundas como rios de lava…
Cada uma, a seguir à outra cai com o peso da minha alma.
Peso de um sonho que afinal não é sonho.
Pois os sonhos só descubro que o são quando já me encontro no seu meio…
É mais que sonho, lágrimas reais, que esperam ansiosamente por saltar da minha pálpebra.
É a saudade que se afoga nos meus olhos…
Joana Gomes, 11º B nº27
Vamos dar os vivas a um currículo estanque?
Eis a minha questão…
Deveremos apoiar o sistema educacional português? Será que todos apoiam ou serão apenas demasiado covardes para se opor?
Não pretendo falar do maravilhoso esquema do ministério da educação português para as escolas ou professores, pois essa batalha contra o governo já estão os portugueses fartos de travar; anseio, sim, por falar do nosso currículo para entrada na faculdade, ao qual ninguém parece opor-se.
A verdade é que uma vez que um aluno português chega ao fim do 9º ano tem de escolher o curso em que ingressar, Ciências e Tecnologias, Ciências Socioeconómicas, Ciências Humanísticas ou Artes - a decisão que tomar vai comandar o resto da sua vida (pelo menos em Portugal). Após iniciar esse curso, não poderá escolher assistir a nenhuma das outras disciplinas pertencentes a outros cursos, ou seja, está preso à decisão que tomou! Imaginemos que um qualquer aluno opta por frequentar o curso de ciências e tecnologias e após um ano nesse curso se arrepende e gostaria de mudar para outro curso - a verdade é que não pode, a não ser que volte para o 10º ano de escolaridade, o que na minha opinião é verdadeiramente um absurdo. Consideremos, então, uma outra situação hipotética: se esse tal aluno, que pretendia abandonar o curso de Ciências e assistir a outro curso, não quiser voltar ao 10º ano novamente, uma vez que até há disciplinas gerais para as quais já possui nota de 10º ano, esse aluno até poderá fazer os exames referentes ao curso que pretende, sem ser o de Ciências, mas ele será obrigado a continuar em Ciências e fazer todas as disciplinas para que finalmente tenha o diploma do 12º ano e as disciplinas às quais assistiu durante 3 anos não lhe serviram para rigorosamente nada!
Pergunto-me quantos alunos não se encontrarão na mesma situação e se sentem indignados com esta questão?!
E este sistema apenas funciona em Portugal. Será que os alunos portugueses são obrigados a ficar em Portugal no ensino superior? Sim, porque com um sistema assim é muito complicado para um aluno português ir estudar para fora do país com o nosso espectacular currículo estanque! Não temos qualquer equivalência fora de Portugal, nem as nossas disciplinas são iguais às outras, somos obrigados a ter disciplinas das quais muitas delas não nos servirão de nada na nossa vida futura. Penso que seria uma questão a debater, mas, reflectindo bem, num país com um Ministério da Educação como este, pôr este assunto em debate estaria completamente fora de questão uma vez que jamais ouviriam uma queixa de um estudante muito menos pondo em causa as suas fantásticas decisões.
Na minha opinião seria uma óptima ideia se alguém se questionasse acerca deste particular assunto uma vez que sou um desses alunos para o qual este sistema não serve, sou apologista do sistema escolar inglês, onde se escolhem as disciplinas que realmente utilizaremos no nosso futuro. Porque não pode um aluno português escolher ter Biologia e Desenho ao mesmo tempo? Porque tem mesmo de ser obrigado a assistir a algo que não quer e a fazer outra disciplina que queira por exame?
Perguntas sem respostas num país em que a opinião pública não conta.
Joana Gomes, 11º B nº27
Deveremos apoiar o sistema educacional português? Será que todos apoiam ou serão apenas demasiado covardes para se opor?
Não pretendo falar do maravilhoso esquema do ministério da educação português para as escolas ou professores, pois essa batalha contra o governo já estão os portugueses fartos de travar; anseio, sim, por falar do nosso currículo para entrada na faculdade, ao qual ninguém parece opor-se.
A verdade é que uma vez que um aluno português chega ao fim do 9º ano tem de escolher o curso em que ingressar, Ciências e Tecnologias, Ciências Socioeconómicas, Ciências Humanísticas ou Artes - a decisão que tomar vai comandar o resto da sua vida (pelo menos em Portugal). Após iniciar esse curso, não poderá escolher assistir a nenhuma das outras disciplinas pertencentes a outros cursos, ou seja, está preso à decisão que tomou! Imaginemos que um qualquer aluno opta por frequentar o curso de ciências e tecnologias e após um ano nesse curso se arrepende e gostaria de mudar para outro curso - a verdade é que não pode, a não ser que volte para o 10º ano de escolaridade, o que na minha opinião é verdadeiramente um absurdo. Consideremos, então, uma outra situação hipotética: se esse tal aluno, que pretendia abandonar o curso de Ciências e assistir a outro curso, não quiser voltar ao 10º ano novamente, uma vez que até há disciplinas gerais para as quais já possui nota de 10º ano, esse aluno até poderá fazer os exames referentes ao curso que pretende, sem ser o de Ciências, mas ele será obrigado a continuar em Ciências e fazer todas as disciplinas para que finalmente tenha o diploma do 12º ano e as disciplinas às quais assistiu durante 3 anos não lhe serviram para rigorosamente nada!
Pergunto-me quantos alunos não se encontrarão na mesma situação e se sentem indignados com esta questão?!
E este sistema apenas funciona em Portugal. Será que os alunos portugueses são obrigados a ficar em Portugal no ensino superior? Sim, porque com um sistema assim é muito complicado para um aluno português ir estudar para fora do país com o nosso espectacular currículo estanque! Não temos qualquer equivalência fora de Portugal, nem as nossas disciplinas são iguais às outras, somos obrigados a ter disciplinas das quais muitas delas não nos servirão de nada na nossa vida futura. Penso que seria uma questão a debater, mas, reflectindo bem, num país com um Ministério da Educação como este, pôr este assunto em debate estaria completamente fora de questão uma vez que jamais ouviriam uma queixa de um estudante muito menos pondo em causa as suas fantásticas decisões.
Na minha opinião seria uma óptima ideia se alguém se questionasse acerca deste particular assunto uma vez que sou um desses alunos para o qual este sistema não serve, sou apologista do sistema escolar inglês, onde se escolhem as disciplinas que realmente utilizaremos no nosso futuro. Porque não pode um aluno português escolher ter Biologia e Desenho ao mesmo tempo? Porque tem mesmo de ser obrigado a assistir a algo que não quer e a fazer outra disciplina que queira por exame?
Perguntas sem respostas num país em que a opinião pública não conta.
Joana Gomes, 11º B nº27
Participaçao no V dia aberto realizado pela faculdade de medicina
No passado dia 21 de Janeiro, realizou-se o V dia aberto da faculdade de medicina, durante o qual vários alunos da nossa Escola tiveram o privilégio de fazer uma visita guiada pelo Hospital de São João.
O objectivo deste evento é dar a conhecer o curso de medicina a estudantes do ensino secundário e promover a exploração vocacional através da realização de actividades práticas e interactivas bem como o contacto com alunos da própria instituição.
Durante a manhã foi-nos apresentado o vice-director da FMUP e duas Professoras Doutoras da casa, que nos deram a conhecer a história do edifício, projectos de remodelação do mesmo, o plano curricular e ainda partilharam connosco o testemunho os seus percursos académicos notáveis e os respectivos marcos mais significativos.
Assistimos à actuação da tuna feminina e em seguida visitámos uma exposição pedagógica, em que estiveram vários serviços representados com actividades, como, por exemplo, o serviço de cirurgia vascular, microbiologia, pneumologia, entre outros.
Após o almoço volante na faculdade, desenrolou-se, quanto a mim, a melhor parte do dia: a visita guiada pelo hospital. Divididos por grupos, o nosso percurso passou pelo Centro de Simulação Médica, pelo Museu do Instituto de Anatomia, pela Associação de Estudantes e pelos serviços de Urgências de Pediatria, de Fisiatria e de Psiquiatria.
Na minha opinião, a organização de dias como este é extremamente importante para a tomada de consciência da realidade universitária, para o esclarecimento de dúvidas relativas ao plano curricular, e mais ainda para a escolha do curso a seguir.
Foi um dia muito bem passado, onde tiveram lugar brincadeiras e peripécias engraçadas, como o facto de os próprios alunos da faculdade que nos acompanhavam na visita se terem perdido por diversas vezes nos corredores do hospital.
Por último fica um conselho: no próximo dia aberto da FMUP é útil levar na mochila um mapa do hospital!
Sofia Cunha, Nº22 11º C
O objectivo deste evento é dar a conhecer o curso de medicina a estudantes do ensino secundário e promover a exploração vocacional através da realização de actividades práticas e interactivas bem como o contacto com alunos da própria instituição.
Durante a manhã foi-nos apresentado o vice-director da FMUP e duas Professoras Doutoras da casa, que nos deram a conhecer a história do edifício, projectos de remodelação do mesmo, o plano curricular e ainda partilharam connosco o testemunho os seus percursos académicos notáveis e os respectivos marcos mais significativos.
Assistimos à actuação da tuna feminina e em seguida visitámos uma exposição pedagógica, em que estiveram vários serviços representados com actividades, como, por exemplo, o serviço de cirurgia vascular, microbiologia, pneumologia, entre outros.
Após o almoço volante na faculdade, desenrolou-se, quanto a mim, a melhor parte do dia: a visita guiada pelo hospital. Divididos por grupos, o nosso percurso passou pelo Centro de Simulação Médica, pelo Museu do Instituto de Anatomia, pela Associação de Estudantes e pelos serviços de Urgências de Pediatria, de Fisiatria e de Psiquiatria.
Na minha opinião, a organização de dias como este é extremamente importante para a tomada de consciência da realidade universitária, para o esclarecimento de dúvidas relativas ao plano curricular, e mais ainda para a escolha do curso a seguir.
Foi um dia muito bem passado, onde tiveram lugar brincadeiras e peripécias engraçadas, como o facto de os próprios alunos da faculdade que nos acompanhavam na visita se terem perdido por diversas vezes nos corredores do hospital.
Por último fica um conselho: no próximo dia aberto da FMUP é útil levar na mochila um mapa do hospital!
Sofia Cunha, Nº22 11º C
Um momento mágico
A noite cobriu a minha alma de solidão e fez silêncio no meu coração. Quero dormir…mas o sono não chega… Fixo, então, o olhar num ponto qualquer e o meu coração sobressalta-se. Estás aqui comigo, inventado nas sombras que se transformam a cada instante. O teu rosto pintado nesta parede sorri para mim. Se os olhos te perdem por um momento, já não te encontro no mesmo sítio mas, sim, mais além. Danças à volta do meu quarto, giras no meu pensamento. Envolves-me num doce abraço e quase não sinto meu corpo. Sou essa outra sombra que te segue de parede em parede, presa na tua magia. Ouço uma melodia que não reconheço. É uma canção suave que me embala os sentidos. Vem de longe e canta bonitas palavras. Será a tua voz? Reconheço as palavras de encanto, as sílabas sussurradas. Sim, eu sei que és tu… sinto que és tu! Não sei quanto tempo fiquei assim parada, o olhar fixo nas sombras da noite, embalada pelo cair da chuva. Sonhei-te acordada, com os sentidos presos num turbilhão de emoções que me deixaram confusa e assustada, mas feliz. Foi um breve momento, perdido no tempo, entre a realidade e o sonho… Foi um instante mágico em que o coração bateu por ti e me embalou num sono profundo.
Bárbara Fonseca, 11ºD
Bárbara Fonseca, 11ºD
“Porto Barroco”
Deixando a Estação de São Bento, a turma sobe em fila indiana (ou quase) até à Igreja de Santa Clara. Chegando a uma praça, mesmo em frente ao mosteiro, pudemos observar o Convento de Santa Clara, adjacente à Igreja, que foi, em parte, convertido nas instalações da PSP do Aljube. Passando por uma abertura em arco, encontrámo-nos à entrada do Convento e da Igreja. Aqui pudemos identificar traços da arquitectura gótica, como o arco ogival, situado sob as portadas da Igreja, e do barroco, com as colunas em espiral e algumas figuras de santos. A fachada em pedra é fria e mostra marcas do tempo, sendo que a impressão à entrada não é muito acolhedora. Ao deslocarmo-nos para o interior da Igreja, a sensação é bem diferente.
Sentado num dos bancos anteriores, pude observar a nave de uma ponta à outra e ficar com uma impressão geral da estrutura da Igreja. A primeira percepção é que a luz é mais abundante no altar-mor, o que, naturalmente, é o efeito pretendido, mas vou começar por uma observação mais geral. A Igreja de Santa Clara é alta e longa, mas, sobretudo, exuberantemente decorada. O tecto apresenta uma série de arcos consecutivos, bem trabalhados, que se intersectam aos pares em largas circunferências ornamentadas. Logo abaixo das janelas rodeadas por arcos, encontram-se, a um nível elevado e inacessível do interior, os locais próprios para as clarissas assistirem à missa, uma espécie de varandas cobertas por um gradeamento, sem grande decoração, claro, pois o objectivo aqui não era chamar a atenção dos fiéis. Abaixo encontram-se as sanefas, uma espécie de cortinado ornamentado que se dispõe ao longo da nave. Enquadradas lateralmente no corpo da Igreja, por baixo das sanefas, como se de uma montra ou peça de teatro se tratasse, estão os vários retábulos, de um detalhe verdadeiramente impressionante. Neles nenhum pequeno espaço é deixado vazio, contendo uma exuberância inexplicável, com arcos e colunas em espiral revestidas por imensas figuras de santos, estatuetas e outros ornamentos que se integram e combinam com graça e nos fazem, de certa forma, contemplar o poderio da Igreja na época do Barroco, reforma à qual a Igreja de Santa Clara foi sujeita na primeira metade do século XVIII, sendo inteiramente revestida por talha dourada, entre outras novas ornamentações, embora o final da sua construção já datasse do século XV. Resta referir o altar-mor, também muito trabalhado, que parece sobressair e luzir com maior intensidade. No seu retábulo encontra-se uma obra de arte barroca, que, segundo pesquisei, é autoria do pintor e escultor portuense Joaquim Rafael. Ao lado do altar-mor encontram-se as figuras de São Francisco e Santa Clara, a última retratada a segurar o cálice com o qual, diz a lenda, terá afastado os soldados invasores. Para concluir, quero apenas dizer que fiquei com uma óptima impressão desta Igreja, espantosamente rica e trabalhada, bem demonstrativa da forma de arte Barroca e ao mesmo tempo bastante acolhedora.
Uma vez de saída, a turma iniciou uma caminhada até à Igreja de São Francisco. A sua aparência exterior é bem mais impressionante do que a da Igreja de Santa Clara, com um grande vitral circular, a estátua de São Francisco de Assis e o símbolo da Ordem dos Franciscanos.
Passando uma entrada remodelada, onde são vendidas lembranças, demos entrada na Igreja. Talvez devido à orientação que o guia decidiu tomar, não fiquei logo com uma perspectiva geral desta, mas posso desde já apontar que é muito maior, ou seja, muito mais alta, larga e comprida do que a Igreja de Santa Clara. Por toda a Igreja estão dispostos retábulos imensamente trabalhados, com imensas estatuetas, à semelhança dos da outra Igreja mas com bem maiores dimensões e expressividade. De salientar, a árvore genealógica da família de Jesus, a Árvore de Jessé, sob a figura deitada da Virgem Maria, assim como capelas dedicadas a quatro (outrora) importantes famílias da cidade do Porto, umas mais trabalhadas que outras. Por falar em famílias importantes, é de notar que em redor da Igreja se encontram, embutidas no solo, sepulturas cobertas em madeira pertencentes não só a frades mas também a indivíduos de famílias importantes que preferiram continuar destacados (do comum cemitério, neste caso) depois da morte, permanecendo em lugar sagrado. Sobressai, numa das capelas que honram estas famílias, um portão em talha dourada com uma geometria cheia de curvas e contra-curvas, conforme indicado pelo guia. Interessante também é a nave central, rodeada por espectaculares colunas barrocas, sob um harmonioso tecto em frente ao imponente altar-mor, extremamente trabalhado em todos os aspectos, com várias figuras de santos franciscanos, colunas em espiral e uma série de bases em pirâmide que terminam na figura crucificada de Cristo. Toda a Igreja é, aliás, muitíssimo trabalhada, em que todos os elementos conjugados se transformam num autêntico encanto para a vista.
Gostava de referir que provavelmente teria apreciado melhor a Igreja sem a intervenção do guia (embora este fosse importante para ficarmos a saber da história da Igreja e do significado de algumas obras de arte) porque me parece que este percorreu todos os elementos de uma forma muito particular, sem nos deixar contemplar, com o tempo que fosse preciso, todo a magnífica estrutura no geral. Ainda assim, fiquei obviamente impressionado com toda a grandiosidade da Igreja de São Francisco, que é ainda mais interessante que a de Santa Clara, na minha opinião. Para mim, a visita não podia ter valido mais a pena, porque não sabia até que ponto podia ir o detalhe e deslumbramento da criação do Barroco, os quais, após visitar estas duas grandes Igrejas, reconheço completamente.
Daniel Nora, 11º D
Sentado num dos bancos anteriores, pude observar a nave de uma ponta à outra e ficar com uma impressão geral da estrutura da Igreja. A primeira percepção é que a luz é mais abundante no altar-mor, o que, naturalmente, é o efeito pretendido, mas vou começar por uma observação mais geral. A Igreja de Santa Clara é alta e longa, mas, sobretudo, exuberantemente decorada. O tecto apresenta uma série de arcos consecutivos, bem trabalhados, que se intersectam aos pares em largas circunferências ornamentadas. Logo abaixo das janelas rodeadas por arcos, encontram-se, a um nível elevado e inacessível do interior, os locais próprios para as clarissas assistirem à missa, uma espécie de varandas cobertas por um gradeamento, sem grande decoração, claro, pois o objectivo aqui não era chamar a atenção dos fiéis. Abaixo encontram-se as sanefas, uma espécie de cortinado ornamentado que se dispõe ao longo da nave. Enquadradas lateralmente no corpo da Igreja, por baixo das sanefas, como se de uma montra ou peça de teatro se tratasse, estão os vários retábulos, de um detalhe verdadeiramente impressionante. Neles nenhum pequeno espaço é deixado vazio, contendo uma exuberância inexplicável, com arcos e colunas em espiral revestidas por imensas figuras de santos, estatuetas e outros ornamentos que se integram e combinam com graça e nos fazem, de certa forma, contemplar o poderio da Igreja na época do Barroco, reforma à qual a Igreja de Santa Clara foi sujeita na primeira metade do século XVIII, sendo inteiramente revestida por talha dourada, entre outras novas ornamentações, embora o final da sua construção já datasse do século XV. Resta referir o altar-mor, também muito trabalhado, que parece sobressair e luzir com maior intensidade. No seu retábulo encontra-se uma obra de arte barroca, que, segundo pesquisei, é autoria do pintor e escultor portuense Joaquim Rafael. Ao lado do altar-mor encontram-se as figuras de São Francisco e Santa Clara, a última retratada a segurar o cálice com o qual, diz a lenda, terá afastado os soldados invasores. Para concluir, quero apenas dizer que fiquei com uma óptima impressão desta Igreja, espantosamente rica e trabalhada, bem demonstrativa da forma de arte Barroca e ao mesmo tempo bastante acolhedora.
Uma vez de saída, a turma iniciou uma caminhada até à Igreja de São Francisco. A sua aparência exterior é bem mais impressionante do que a da Igreja de Santa Clara, com um grande vitral circular, a estátua de São Francisco de Assis e o símbolo da Ordem dos Franciscanos.
Passando uma entrada remodelada, onde são vendidas lembranças, demos entrada na Igreja. Talvez devido à orientação que o guia decidiu tomar, não fiquei logo com uma perspectiva geral desta, mas posso desde já apontar que é muito maior, ou seja, muito mais alta, larga e comprida do que a Igreja de Santa Clara. Por toda a Igreja estão dispostos retábulos imensamente trabalhados, com imensas estatuetas, à semelhança dos da outra Igreja mas com bem maiores dimensões e expressividade. De salientar, a árvore genealógica da família de Jesus, a Árvore de Jessé, sob a figura deitada da Virgem Maria, assim como capelas dedicadas a quatro (outrora) importantes famílias da cidade do Porto, umas mais trabalhadas que outras. Por falar em famílias importantes, é de notar que em redor da Igreja se encontram, embutidas no solo, sepulturas cobertas em madeira pertencentes não só a frades mas também a indivíduos de famílias importantes que preferiram continuar destacados (do comum cemitério, neste caso) depois da morte, permanecendo em lugar sagrado. Sobressai, numa das capelas que honram estas famílias, um portão em talha dourada com uma geometria cheia de curvas e contra-curvas, conforme indicado pelo guia. Interessante também é a nave central, rodeada por espectaculares colunas barrocas, sob um harmonioso tecto em frente ao imponente altar-mor, extremamente trabalhado em todos os aspectos, com várias figuras de santos franciscanos, colunas em espiral e uma série de bases em pirâmide que terminam na figura crucificada de Cristo. Toda a Igreja é, aliás, muitíssimo trabalhada, em que todos os elementos conjugados se transformam num autêntico encanto para a vista.
Gostava de referir que provavelmente teria apreciado melhor a Igreja sem a intervenção do guia (embora este fosse importante para ficarmos a saber da história da Igreja e do significado de algumas obras de arte) porque me parece que este percorreu todos os elementos de uma forma muito particular, sem nos deixar contemplar, com o tempo que fosse preciso, todo a magnífica estrutura no geral. Ainda assim, fiquei obviamente impressionado com toda a grandiosidade da Igreja de São Francisco, que é ainda mais interessante que a de Santa Clara, na minha opinião. Para mim, a visita não podia ter valido mais a pena, porque não sabia até que ponto podia ir o detalhe e deslumbramento da criação do Barroco, os quais, após visitar estas duas grandes Igrejas, reconheço completamente.
Daniel Nora, 11º D
Subscrever:
Mensagens (Atom)