quinta-feira, 8 de maio de 2008

Ida ao mágico universo do teatro!




O Café de Carlo Goldoni

Ao início, estávamos muito receosos e apreensivos, cheios de perguntas para as quais as respostas iam surgir dentro de momentos… Como seria o espectáculo? Que público iríamos encontrar? Qual o tipo de peça? Iríamos entendê-la? Enfim, questões e incertezas explicadas pelo facto de, para muitos, ser a primeira vez que iam entrar num teatro profissional e ter a oportunidade de ver de perto, à distância de um palco, actores conhecidos e, o mais fascinante, os autores das vozes de desenhos animados que marcaram a nossa infância!
Estávamos à espera de um público muito formal, para o qual o simples acto de rir teria de ser controlado, senão sentir-nos-íamos inferiores… mas felizmente estávamos enganados!
O mundo do teatro desde logo nos fascinou por completo: o edifício imponente, uma decoração rica e antiga… Lindo, o Teatro Nacional de S. João, no Porto!
O teatro para os jovens é maçudo e frustrante, mas a nós encheu-nos de boa disposição, curiosidade e admiração.
É quase impossível descrever o que se sente ao estar num teatro. É fascinante! …
Ao entrar, encontrámos funcionários vestidos formalmente que recebiam os bilhetes da entrada. Esperava-nos depois a sala de espectáculo: à porta, fomos acompanhados simpaticamente para os nossos lugares por um jovem funcionário do teatro, também ele com roupas formais… Bem, sentíamo-nos verdadeiros elementos da corte…
Quando tudo isto passou, reparei no aspecto da sala: nunca imaginei que fosse tão bela. Era a mais bonita que alguma vez vira: toda trabalhada, o vermelho, o dourado. As bancadas transportavam-nos mesmo para o tempo da monarquia…
Começaram, finalmente, as pancadas iniciais que indicavam que dentro de breves instantes a peça teria início, e a sala mergulhou num profundo silêncio. Nesse momento, o espírito de todos encheu-se de curiosidade, emoção, agitação… a sinestesia era total.
Os actores surgiram por entre o público e isso criou desde logo uma interacção formidável… De imediato, fomos como que “teletransportados” para outro universo… outra época… outro tempo… Veneza… Itália…
O cenário era maravilhoso! O palco rapidamente ficou completamente inundado. Ou não estivéssemos nós em Veneza! … As personagens, cada uma com a sua história e lição de vida, eram muito engraçadas. Mas, sem dúvida, a mais cómica de todas era o D. Márcio (alcoviteiro da cidade), cuja sua frase mais célebre era: «fluxo e refluxo pela porta das traseiras». Com este, o público riu com um gargalhar intenso…
Os risos das pessoas … os cenários… a música ao vivo… as personagens… a água… a sala… tudo era mágico! Foram duas horas muito bem passadas e que contribuíram para aumentar a cultura de cada um…
No final, todos saímos com um enorme sorriso no rosto, com a emoção ainda a transbordar nos olhos, e fundamentalmente com o desejo aumentado de voltar e apreciar teatro português…

Adriana Costa [Nº 1, 10º E]

4 comentários:

Anónimo disse...

Muito boa esta ida ao teatro, optima peça, fantástica companhia e uma belíssima noite :)

Anónimo disse...

Muito boa esta ida ao teatro... óptima peça, fantástica companhia e uma belíssima noite :)

Anónimo disse...

O teu texto está muito bom e sim, passamos uma noite optima no teatro.
Filipa 10ºE

Anónimo disse...

olá