terça-feira, 28 de abril de 2009

Visita ao Museu Romântico

O Belo
Ao entrar suspirei… Não estava à espera de vistas tão belas como as que acabava de ver. Do cimo de Rua de Entre – Quintas, via-se o grandioso Rio Douro, as suas encostas sobrelotadas de casas e quintas, o sol a brilhar em cima de nós e o seu reflexo nas águas abundantes, ansiosas por encontrar o mar.
Suspirei outra vez… A casa, escondida entre muitas árvores e muros cheios de trepadeiras verdejantes, era uma autêntica amostra do século XIX e da sensação do belo.
A primeira coisa a que se dá atenção, quando entramos na Quinta da Macieirinha, é a pequena fonte romântica. Junto dela, supus uma donzela do século XIX à espera do seu amado para ir visitar o Porto, ir ao teatro, ir passear, ir viver…
Espreitamos para o lado direito e aí está a casa, grande, escondida, uma das mais bonitas que eu já vi deste estilo. Entramos dentro desta preciosidade e logo imaginamos quem é que já terá vivido nela, quem terá jantado na requintada sala de jantar, quem terá dançado no acolhedor salão de baile…
Subimos para o segundo andar e aí o encontramos. Numa grande tela adornada por uma moldura em talha dourada, o nosso olhar cruza-se com o do Rei Carlos Alberto do Piemonte e da Sardenha, que viveu até à sua morte nesta Quinta, que escolheu para o seu exílio. Imaginamos também como seria a vida na época em que ele habitou esta casa: as pessoas, as actividades, os costumes.
Viemos a concluir que D. Carlos Alberto era um homem simples, que dormia num quarto pequeno, numa cama de campanha e que ocupava apenas mais duas ou três divisões: numa delas se arranjava, noutra rezava e numa terceira tomava as refeições. As vistas do quarto eram a soberba panorâmica para o rio, que anteriormente me tinha deslumbrado.
Saímos. Lancei um derradeiro olhar para a casa e suspirei…

Ana Gonçalves, nº3, 11º E

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