Que perfeita foi aquela tarde de praia. O Sol brilhava lá no alto do céu, como um diamante gigante exposto à luz. A areia, quente e fina, envolvia-me os pés ao caminhar. A água cristalina, de tom esmeralda, reflectia o céu. Aquele lugar era uma verdadeira dádiva da Natureza.
Mas onde estavam as pessoas? Seria possível que num dia tão belo, a praia estivesse deserta? Na realidade estava.
O calor apertava e aquela água cristalina era um tesouro. Então fui até à água e mergulhei… Uma imensa calma invadiu-me por completo.
Nadei para uma gruta lá perto, entrei e sentei-me numa pedra. Aquele lugar era escuro e frio, tão escuro e frio que se tornava medonho, o oposto da praia. Então voltei para aquele lugar perfeito, donde não devia ter saído.
Quando cheguei, o Sol punha-se, por isso fiquei ali a contemplar e a guardar aquele momento magnífico e sereno. Aquele momento transmitia tudo o que há de bom… Deitei-me sob a areia a olhar o céu, de tons laranja e rosa, fechei os olhos e pensei: “Mas que paraíso”.
Passado algum tempo abri os olhos, aquele lugar tinha desaparecido. Afinal não passara de um sonho que agora só me restava guardar. Nunca vou esquecer aquele lugar perfeito, só meu, que espero poder voltar a visitar.
Susana Monteiro, 9ºF, Nº24
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
À beira-mar
Estou parado ao volante porque o sinal está vermelho. Olho distraidamente pela janela e vejo-a. Fico enfeitiçado pela visão, como se de uma cena de filme romântico se tratasse.
Elegantemente vestida, de fato escuro e camisa branca, aparenta estar na casa dos vinte, ou talvez um pouco mais. A sua figura é esguia e os seus cabelos cor-de-mel são longos, soltos ao vento do fim da tarde, de um dia de Outono, onde o sol já se quer pôr. No rosto, de traços suaves, sobressaem os seus olhos, grandes e amêndoados, cuja cor não consigo identificar. O nariz, um pouco arrebitado, dá-lhe um ar de menina-senhora e os seus lábios vermelhos, cor de sangue, parecem cantarolar.
De mãos nos bolsos, anda devagar, sem pressa de chegar. Diria que aproveita o passeio à beira-mar para descontrair, no fim de um dia de trabalho. Está de certa feliz! Sinto inveja!
Decido imitá-la e estaciono o carro, disposto a seguir-lhe o exemplo. Afinal, porquê tanta pressa? Vivemos sempre a correr, mesmo quando já não há motivo, como agora! Na vida, há pequenos momentos de prazer que simplesmente desperdiçamos sem dar conta. Foi pena não ter encontrado a minha “musa inspiradora”, porque queria dizer-lhe: “Obrigado”.
Ana Catarina Santos, 9º F
Elegantemente vestida, de fato escuro e camisa branca, aparenta estar na casa dos vinte, ou talvez um pouco mais. A sua figura é esguia e os seus cabelos cor-de-mel são longos, soltos ao vento do fim da tarde, de um dia de Outono, onde o sol já se quer pôr. No rosto, de traços suaves, sobressaem os seus olhos, grandes e amêndoados, cuja cor não consigo identificar. O nariz, um pouco arrebitado, dá-lhe um ar de menina-senhora e os seus lábios vermelhos, cor de sangue, parecem cantarolar.
De mãos nos bolsos, anda devagar, sem pressa de chegar. Diria que aproveita o passeio à beira-mar para descontrair, no fim de um dia de trabalho. Está de certa feliz! Sinto inveja!
Decido imitá-la e estaciono o carro, disposto a seguir-lhe o exemplo. Afinal, porquê tanta pressa? Vivemos sempre a correr, mesmo quando já não há motivo, como agora! Na vida, há pequenos momentos de prazer que simplesmente desperdiçamos sem dar conta. Foi pena não ter encontrado a minha “musa inspiradora”, porque queria dizer-lhe: “Obrigado”.
Ana Catarina Santos, 9º F
Tecnologia versus Família
Antigamente, a coisa mais importante para uma família era a própria família. Hoje em dia, esse valor vai sendo partilhado e posteriormente substituído pela tecnologia.
O que antes era passar uma tarde sossegada com a família, agora é uma tarde passada em casa em que os membros da família mal falam uns com os outros, por vezes dando a desculpa de que estão ocupados quando, na verdade, estão a passar tempo de qualidade com os seus aparelhos electrónicos. O pai fica encantado durante uma tarde inteira a ver o canal de desporto; o filho mais velho passa o dia a jogar consola; a filha mais nova lá vai dividindo o seu tempo entre o seu telemóvel de ultima geração e o leitor de música; já a mãe prefere passar o tempo a navegar pela internet à procura das fofocas sobre as celebridades.
Ao jantar sempre chega a haver conversa de circunstância, mas esta acaba de imediato quando começa a dar na televisão aquele programa espectacular muito conhecido. No entanto, o tal programa não é emitido às quintas, sextas e sabados, o que quer dizer que, nesses dias, ou eles procuram outro programa entre os duzentos e oitenta canais da televisão por satélite ou seguem um caminho mais perverso: têm uma conversa normal (em que por vezes a conversa sobre o leitor de música que saiu recentemente ou o novo canal de televisão, surge à baila).
A altura das férias é uma boa altura para os membros da dita família se reunirem e estarem juntos. Mas esta tarefa chega a ser complicada logo na altura de escolher o destino porque a Maria diz que se recusa a ir para um sítio sem rede e o João diz que não vai para sítios sem televisão.
A um membro dessas famílias eu pergunto: “Se fosse para uma ilha deserta, para sempre, onde houvesse comida e conforto quem ou o que é que levaria consigo, as suas tralhas electrónicas ou a sua família?”
Catarina Sofia Torrado Ramos, nº 9, 10ºG
O que antes era passar uma tarde sossegada com a família, agora é uma tarde passada em casa em que os membros da família mal falam uns com os outros, por vezes dando a desculpa de que estão ocupados quando, na verdade, estão a passar tempo de qualidade com os seus aparelhos electrónicos. O pai fica encantado durante uma tarde inteira a ver o canal de desporto; o filho mais velho passa o dia a jogar consola; a filha mais nova lá vai dividindo o seu tempo entre o seu telemóvel de ultima geração e o leitor de música; já a mãe prefere passar o tempo a navegar pela internet à procura das fofocas sobre as celebridades.
Ao jantar sempre chega a haver conversa de circunstância, mas esta acaba de imediato quando começa a dar na televisão aquele programa espectacular muito conhecido. No entanto, o tal programa não é emitido às quintas, sextas e sabados, o que quer dizer que, nesses dias, ou eles procuram outro programa entre os duzentos e oitenta canais da televisão por satélite ou seguem um caminho mais perverso: têm uma conversa normal (em que por vezes a conversa sobre o leitor de música que saiu recentemente ou o novo canal de televisão, surge à baila).
A altura das férias é uma boa altura para os membros da dita família se reunirem e estarem juntos. Mas esta tarefa chega a ser complicada logo na altura de escolher o destino porque a Maria diz que se recusa a ir para um sítio sem rede e o João diz que não vai para sítios sem televisão.
A um membro dessas famílias eu pergunto: “Se fosse para uma ilha deserta, para sempre, onde houvesse comida e conforto quem ou o que é que levaria consigo, as suas tralhas electrónicas ou a sua família?”
Catarina Sofia Torrado Ramos, nº 9, 10ºG
A minha vizinhança

Os meus 4 adoráveis vizinhos
Quem vos dera ter uma vizinhança como a minha. A vizinha de baixo tem uma creche que é composta pelos seus dois irritantes filhos, que de manhã à noite, ou estão a correr, ou estão a falar ligeiramente alto! O mais enervante é que começam logo quando estou estudar e obviamente a concentração é altíssima. E o melhor de tudo é que, à noite, vá… entre as onze e meia, meia-noite, quando eu e a minha família e vizinhos queremos dormir, é quando o barulho é mais intenso. Do melhor, não?!
Agora os vizinhos de cima… Esses devem ter o rei na barriga. A mulher deve-se achar a Naomi Campbell, pois durante a tarde e à noite insiste andar de saltos altos e, como se está a ver, faz um barulhão ao bater no chão; eu não sei quem é que quer impressionar, se ao marido, se à vizinhança. O marido não fica atrás. Para ele está tudo mal, pois já nem se pode jogar futebol nem no terraço nem na relva, e está constantemente a queixar-se de que as lâmpadas estão fundidas ou partidas e, claro, põem as culpas em nós.
O pior de tudo é que a mulher deve pensar que tem uma vivenda ou que por baixo dela é uma lixeira, porque, enquanto que, do andar de baixo, se ouve um ligeiro zumbido, a minha cara amiga de cima decide fazer as limpezas domésticas sempre depois das onze da noite. Boa hora, não? É verdade, e nada melhor do que sacudir tapetes, pois são silenciosos e largam pouco lixo! Nada de importante, pois é perfeitamente normal! Não é de espantar que quando acordo de manhã, encontro de tudo um pouco na minha varanda, e é logo na minha!
É engraçado, não é! E aposto com vocês que ninguém tem um prédio tão multifacetado como o meu, (uma creche em baixo e passagem de modelos em cima).
Vá lá pessoal, tenham mais consideração com os outros. Se toda a gente fizesse o que lhe apetecesse eu o meu irmão já tínhamos “fanado” os tapetes de entrada de cada um…
Tiago José Pereira Cardoso, 10º, nº25
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
A Mudança do Básico para o Secundário
Eu já fiz muitas mudanças, mas esta é horrível. Sabem qual é? É a mudança do ensino básico para o ensino secundário. É que até nos habituarmos, custa, mas é que custa mesmo.
Ora, no ensino básico, ninguém quer saber… nem alunos, nem professores, nem pais, é uma rebaldaria, só visto. Os professores passam os alunos só por eles não faltarem às aulas!, depois, estudas dois das antes do teste e, no final, qual é a tua nota? Muito Bom, claro. Entretanto, já acabou o ano e tu? Tu passaste com uma perna às costas. Pois, não admira, foste a todas as aulas!
Só que, no secundário, ai de quem não estuda, ai de quem não esteja atento, porque aqui não são os professores que têm de se importar, és tu. Os primeiros testes nem vale a pena perguntar… é que são só negativas! Para quem tirava quatros ou cincos, agora não vale nada, até os professores dizem:
- Tinhas quatro? Agora tens oito, estás com sorte… Olha que é o dobro. Os mais aplicados perguntam como hão – de estudar, pois já não sabem o que fazer, e os que não querem saber, continuam a não querer saber.
Quando acaba o ano é um alívio, pensas:
- “ Finalmente acabou uff...já estava cansada”, -mas quando vais ver as tuas notas - ai que medo….ai que medo, as terríveis notas e, quando vez uns quatorzes, uns quinzes, uns dezasseis, desesperas:
Mas…é que eu…eu queria entrar para Medicina… E o que é que os professores respondem:
- Eu bem que te avisei, que tinhas de estudar duas ou três horas por dia. E nós pensamos:
Como é que nós havemos de ter tempo para estudar, se quase nem tempo temos para dormir.
Sabem quem tem sorte? São os alunos dos cursos profissionais. Esses nem notam a diferença. Quando vais ver a mochila de alguns o que é que encontras é uma mochila vazia. “ Vá não está vazia” (é o que eles dizem), ainda tem o telemóvel, a carteira e um caderno.
Vou – te dar um conselho, para que quando acabares de ler esta crónica aprendas alguma coisa:
Não te fies na Virgem, estuda.
Liliana Pereira, 10ºG, Nº18
Ora, no ensino básico, ninguém quer saber… nem alunos, nem professores, nem pais, é uma rebaldaria, só visto. Os professores passam os alunos só por eles não faltarem às aulas!, depois, estudas dois das antes do teste e, no final, qual é a tua nota? Muito Bom, claro. Entretanto, já acabou o ano e tu? Tu passaste com uma perna às costas. Pois, não admira, foste a todas as aulas!
Só que, no secundário, ai de quem não estuda, ai de quem não esteja atento, porque aqui não são os professores que têm de se importar, és tu. Os primeiros testes nem vale a pena perguntar… é que são só negativas! Para quem tirava quatros ou cincos, agora não vale nada, até os professores dizem:
- Tinhas quatro? Agora tens oito, estás com sorte… Olha que é o dobro. Os mais aplicados perguntam como hão – de estudar, pois já não sabem o que fazer, e os que não querem saber, continuam a não querer saber.
Quando acaba o ano é um alívio, pensas:
- “ Finalmente acabou uff...já estava cansada”, -mas quando vais ver as tuas notas - ai que medo….ai que medo, as terríveis notas e, quando vez uns quatorzes, uns quinzes, uns dezasseis, desesperas:
Mas…é que eu…eu queria entrar para Medicina… E o que é que os professores respondem:
- Eu bem que te avisei, que tinhas de estudar duas ou três horas por dia. E nós pensamos:
Como é que nós havemos de ter tempo para estudar, se quase nem tempo temos para dormir.
Sabem quem tem sorte? São os alunos dos cursos profissionais. Esses nem notam a diferença. Quando vais ver a mochila de alguns o que é que encontras é uma mochila vazia. “ Vá não está vazia” (é o que eles dizem), ainda tem o telemóvel, a carteira e um caderno.
Vou – te dar um conselho, para que quando acabares de ler esta crónica aprendas alguma coisa:
Não te fies na Virgem, estuda.
Liliana Pereira, 10ºG, Nº18
Atrasos frequentes
É de manhã e o dia está cinzento. Olho pela janela embaciada e vejo os carros a passarem pelas pequenas e cintilantes gotas de chuva e divirto-me com os guarda-chuvas multicolores que passam pelos passeios, bailando. O chapinhar das botas novas das crianças que saltam por cima de poças atrai-me a atenção e consigo distinguir as cores de todas as folhas caídas no chão. É Outono.
Daqui a poucos minutos tenho aulas; portanto, preciso de me despachar. Vesti-me o mais rápido que pude e saí à rua; por sorte já não chovia. As árvores estavam meias despidas, ligeiramente curvadas devido à tempestade de ontem à noite; as pessoas, que eram poucas, andavam mais agasalhadas e já se sentia uma descida de temperatura.
Continuei o meu caminho, observando cada canto e recanto da rua, passando por ruelas e avenidas e olhando constantemente para o relógio. Virei a esquina do café “Aqui há gato”, parei junto a um prédio antigo e fiquei à espera da minha melhor amiga, que, como sempre, demora horas a sair de casa. Como é costume, vamos sempre juntas para a escola e estamos constantemente a chegar atrasadas devido ao nosso passo lento.
TRIIIIM, soou a campainha ao longe. Já estava na hora de entrar e nós ainda cá fora. Corremos o mais depressa possível e conseguimos chegar a tempo de entrar na sala juntamente com os outros. Mais uma manhã como todas as outras.
Inês Gomes, Nº 13, 9ºB
Daqui a poucos minutos tenho aulas; portanto, preciso de me despachar. Vesti-me o mais rápido que pude e saí à rua; por sorte já não chovia. As árvores estavam meias despidas, ligeiramente curvadas devido à tempestade de ontem à noite; as pessoas, que eram poucas, andavam mais agasalhadas e já se sentia uma descida de temperatura.
Continuei o meu caminho, observando cada canto e recanto da rua, passando por ruelas e avenidas e olhando constantemente para o relógio. Virei a esquina do café “Aqui há gato”, parei junto a um prédio antigo e fiquei à espera da minha melhor amiga, que, como sempre, demora horas a sair de casa. Como é costume, vamos sempre juntas para a escola e estamos constantemente a chegar atrasadas devido ao nosso passo lento.
TRIIIIM, soou a campainha ao longe. Já estava na hora de entrar e nós ainda cá fora. Corremos o mais depressa possível e conseguimos chegar a tempo de entrar na sala juntamente com os outros. Mais uma manhã como todas as outras.
Inês Gomes, Nº 13, 9ºB
Receita para uma grande amizade
Não há mesmo que enganar.
É necessário carinho, ternura, compreensão…
Amor.
Ser sempre disponível
E ter um grande coração!
Começa-se pela vontade de estar ao lado de alguém.
Mistura-se a confiança.
Numa relação é o que convém.
Junta-se a bondade, a ajuda, o perdão.
Vai-se mexendo tudo
Com muita paixão!
Barra-se a forma com vontade de sonhar.
Leva-se ao forno sem muito demorar.
Dez minutos, uma hora,
Um mês, talvez dois…
No final, vai ver como se vai realizar
O seu sonho de Amizade
Que não se consegue igualar.
Um doce de cores,
Coberto de amor!
E são estes os valores
Para uma Amizade com esplendor.
Ana Catarina, nº1, 10º I
É necessário carinho, ternura, compreensão…
Amor.
Ser sempre disponível
E ter um grande coração!
Começa-se pela vontade de estar ao lado de alguém.
Mistura-se a confiança.
Numa relação é o que convém.
Junta-se a bondade, a ajuda, o perdão.
Vai-se mexendo tudo
Com muita paixão!
Barra-se a forma com vontade de sonhar.
Leva-se ao forno sem muito demorar.
Dez minutos, uma hora,
Um mês, talvez dois…
No final, vai ver como se vai realizar
O seu sonho de Amizade
Que não se consegue igualar.
Um doce de cores,
Coberto de amor!
E são estes os valores
Para uma Amizade com esplendor.
Ana Catarina, nº1, 10º I
Receita para dançar
Querer aprender e não ter medo de falhar
São duas coisas em que nos devemos basear.
Com uma ou mais pessoas,
Em pé ou no chão,
Parados ou em movimento,
É fundamental ter coração.
Uma vez que se começa,
Não se consegue parar.
Somos invadidos por uma certeza
Impossível de ignorar.
Cada passo é uma história,
Cada aplauso, uma memória.
Depois de uma vida,
Já faz parte de nós.
Aprendemos a exprimir-nos
Sem usar a voz.
Inês Novais, nº16, 10º I
São duas coisas em que nos devemos basear.
Com uma ou mais pessoas,
Em pé ou no chão,
Parados ou em movimento,
É fundamental ter coração.
Uma vez que se começa,
Não se consegue parar.
Somos invadidos por uma certeza
Impossível de ignorar.
Cada passo é uma história,
Cada aplauso, uma memória.
Depois de uma vida,
Já faz parte de nós.
Aprendemos a exprimir-nos
Sem usar a voz.
Inês Novais, nº16, 10º I
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