quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

DEBATE - "Deve haver uma Disciplina de Educação Sexual?"

A nove de Dezembro do ano de dois mil e dez, pelas oito horas e trinta minutos, teve lugar, na aula de Filosofia do décimo primeiro A, um debate sobre o tema: “A Educação Sexual deve ser uma disciplina?”.
Após algumas conversas transversais que, de um modo geral, atrapalharam a concentração da turma, a aluna e moderadora deste debate, Maria João, dá início à discussão, colocando a pergunta em questão aos colegas.
O Diogo, tenta responder a essa questão, dando a sua opinião sobre os aspectos positivos do ensino da educação sexual, tais como: a diminuição de doenças sexualmente transmissíveis, a diminuição da gravidez indesejável e uma melhor informação acerca dos assuntos relacionados com a sexualidade.
Após a intervenção deste colega, a Maria João, insatisfeita com a resposta, insiste na questão: “Deverá ser a Educação Sexual uma disciplina?”
A Diana e o Ricardo, afirmaram que não concordavam com existência de uma disciplina de Educação Sexual.
Pelo contrário, a Ana Paula referiu que aceitaria que a Educação Sexual fosse uma disciplina, apenas se ela contribuísse para o aumento da sua média escolar.
A Clara expôs a sua opinião à turma: apoiaria a Educação Sexual, como disciplina facultativa, por exemplo, uma aula por mês.
Vários comentários foram trocados (mas sem algum interesse para o debate), até que a Margarida chamou a atenção para a situação de alunos com pais conservadores – este aspecto causou um outro motivo de discussão pois, como resumiu a moderadora, devido a certas religiões ou métodos de ensino, os pais desses alunos poderiam não aceitar que os seus educandos frequentassem uma disciplina na qual lhes é ensinado algo que para eles é considerado de menos apropriado.
A Maria João lembrou ainda o caso de mães adolescentes, que, frequentemente referem que apenas engravidaram por falta de informação.
Esta intervenção da nossa moderadora surtiu um certo interesse e várias opiniões foram expostas à turma: a Ana Paula, não concordando com a moderadora, afirmou que será quase impossível algumas adolescentes engravidarem por falta de informação, pois há inúmeras fontes de informação, nomeadamente as várias palestras que têm lugar nas escolas e que informam acerca deste tipo de assuntos.
A professora Isabel Matos, referiu que as palestras a que os alunos se estavam a referir, existem há muitos anos na Escola e a Equipa de Educação para a Saúde dinamiza sessões dirigidas a anos de escolaridade mais específicos, sendo difícil realizar muito mais sessões por ano, embora depois os alunos o possam fazer em outras disciplinas.
A Maria João referiu que esta informação está a ter efeito, uma vez que a taxa de natalidade de bebés filhos de pais adolescentes, está a descer cada vez mais, mas que essas palestras não deveriam falar só das consequências, mas também dos aspectos positivos, pois a sexualidade é algo que faz parte de nós mesmos.
Voltando à questão, a Margarida, na sua intervenção, defendeu a Educação Sexual como disciplina facultativa e, sobre a gravidez na adolescência disse que técnicos que trabalham nesta área referem que mães adolescentes são, com frequência, filhas de pais negligentes, que não têm o cuidado nem a formação necessárias para abordar tais assuntos; o Tiago acrescentou que há psicólogos nas Escolas que também se disponibilizam para a responder a quaisquer dúvidas que possam existir.
A Ana Sousa lembrou também a existência de consultas próprias para os adolescentes – nos Centros de Saúde, por exemplo – mas a Ana Paula afirmou que muitos jovens não vão a essas consultas por falta de coragem.
A Marta defendeu que tanto os pais como os técnicos devem ter um lugar importante e complementar na educação sexual, o que nem sempre se verifica.
A Moderadora perguntou à Cristina, que só este ano veio da Ucrânia para Portugal, se no seu País, há palestras ou sessões de educação sexual nas Escolas e esta respondeu afirmativamente.
Por fim, as alunas Daniela Silva e Ana Sousa referiram a importância de falar sobre casos verídicos, de modo a mostrar que, afinal, muitas situações dramáticas poderiam ser evitadas, caso existissem medidas de prevenção.
Fechando o debate, foi feita uma votação, concluindo-se que a maioria da turma não apoia a existência de uma disciplina de Educação Sexual e que a mesma deveria ser facultativa, como a disciplina de Moral.

As relatoras: Daniela Silva, Diana Curado e Professora Isabel Matos - 11ºA, Filosofia

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