segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

A Vida

“ A vida é como é, e depois acaba” e fica tanto por dizer.
Nascemos no momento exacto em que o mundo tem conhecimento de que existimos, somos acariciados pelos nossos pais mesmo antes de nascer, e temos já uma vida planeada. Todo os pais planeiam uma vida para os seus filhos, porque, deste modo, têm a esperança que sejam felizes e não tenham que sofrer algumas das atrocidades da vida. Mas quando crescemos e nos magoamos no escorrega do infantário, é nesses momentos que quem nos rodeia percebe que inevitavelmente seremos felizes em muitos momentos e infelizes noutros.
Nesses momentos, a única opção que temos é levantarmo-nos. A vida é isso mesmo, um conjunto finito de momentos perfeitos e imperfeitos. Continuamente nos perguntamos: quem somos? Para onde vamos? Às vezes, damos por nós sozinhos , frustrados com o que não conseguimos, outras vezes alegres com a possibilidade da concretização de um sonho. Como Nina, na peça de teatro “A Gaivota”. Nina era uma rapariga campestre com o sonho de ser uma actriz reconhecida mundialmente. Arriscou, mas nunca foi o que desejava ser. Para ser actriz teve que se separar de quem mais gostava dela. Teve que ter um desgosto de amor e perder um filho e, assim, tudo perdeu o significado.
Sozinho, no seu quarto, Bernardo Soares escrevia, era um solitário citadino de Lisboa, um descontente com a vida. Nunca amou como Tréplev, aspirante a escritor, que amou Nina até ao último segundo e foi isso que o matou.
Bernardo Soares, Nina ou Tréplev nunca foram verdadeiramente felizes. O Amor faz parte da vida, já que o ‘eu’ precisa sempre do ‘tu’, somos seres sociais, dependemos uns dos outros e juntos vivemos a vida e fazemos história, porque “ Somos o que fazemos”. E nunca fazemos de mais, “A morte chega sempre cedo de mais”!

Ana Isabel Sá, Nº1, 12ºD

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