domingo, 24 de janeiro de 2010

Padre António Vieira

“Misto de génio, mago e aventureiro”, certamente. Esta figura lusitana demonstra ser um crítico admirado por muitos, mas seguido por poucos.
Tornou-se padre jesuíta, tinha a missão de evangelizar os Índios no Brasil. Acarinhado pelo Rei, partiu em missão, tentando não só evangelizá-los como também proteger a sua integridade e direitos, derrubando os colonos. Lenta, indirectamente, usando apenas palavras. Foi dos primeiros a assumir esta atitude, pois todos os colonos viviam e enriqueciam à custa de escravos, que Vieira tanto defendia. Através da sua escrita barroca, acusava os colonos nos seus Sermões, entre alegorias, metáforas e comparações, anáforas e paralelismos, enumerações, gradações e quiasmos! A magia das palavras… Sem dúvida, uma maneira inteligente de o fazer. Poucos o fizeram, poucos tiveram pelo menos a coragem de se servir do púlpito para o fazer. A Santa inquisição estava atenta!
Visto isto, este “Homem Lusitano”, bravo e corajoso, lutou sem armas: lutou com a Palavra. Foi um inovador, espiritualista, extremamente inteligente como prova o seu modo de “combater” as injustiças e acima de tudo foi humano. Foi Português!

Inês Silva nº 18 11ºD

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